domingo, 6 de janeiro de 2008

Dia da Infância Missionária

Despertar a consciência das crianças para as missões e para o conhecimento de novas realidades é um dos objectivos da iniciativa, celebrada por toda a Igreja



A simples troca de correspondência entre crianças de diferentes continentes é sintoma do despertar para novas realidades.

Esta interacção entre crianças portuguesas de uma escola de Lisboa e crianças guineenses foi efectivada em 2007, uma mais-valia conseguida pela Infância Missionária, que as Obras Missionárias Pontifícias dinamiza. Mas apenas um exemplo do que pode ser conseguido se a sensibilização da infância missionária foi dinamizada em todas as dioceses.

Hoje, dia 6 de Janeiro, celebra-se o Dia da Infância Missionária. Um assinalar da “importância deste trabalho para a Igreja em Portugal”, aponta o Pe. Manuel Durães Barbosa, Director das Obras Missionárias Pontifícias – OMP, à Agência ECCLESIA.

Para isso se aposta na divulgação de material preparado para esta data, para todas as dioceses, para que cada realidade “assuma esta obra de uma forma particular nas Escolas católicas e na catequese”.

Todos os anos é preparado um cartaz, calendários, horários escolares, um livro sobre a semana de oração com ilustrações para as crianças, o mealheiro missionário, o pai nosso missionário, entre outro material, descreve o Director da OMP.

Este ano no material, não foi incluída uma proposta para o programa da semana de oração para as crianças missionárias. Já a pensar no Congresso Missionário de 2008, a ter lugar em Setembro, “não houve tempo para preparar essa proposta”, reconhece o Pe. Durães Barbosa.



Trabalho Mundial

A Obra Pontifícia para a Infância Missionária afirma que esta dimensão da evangelização é decisiva e insubstituível no Terceiro Milénio. Uma tarefa destinada a todos cristãos e essencial na formação de crianças e educadores, na evangelização de outras crianças, das suas famílias e comunidades. É imprescindível também para a persecução de vocações missionárias, para a evangelização de não cristãos e para que as próprias crianças se envolvam na pastoral.

A Obra da Infância Missionária é destinada a pré adolescentes. “A criança está aberta a esta questão, desde que seja despertada para esta realidade, a par da solidariedade”, explica o director da OMP.

Despertar para a realidade de outras crianças nos cinco continentes é o objectivo principal desta proposta. Para isso são proposta na catequese iniciativas que visam a partilha da fé e a renúncia, durante o tempo do advento, para que na epifania – este ano celebrada a 6 de Janeiro - “sejam recolhidos os fundos”, enviados posteriormente para o Secretariado da Infância Missionária, sediado em Roma, que encaminha para as missões.



Sementes de missão

Muitos jovens que partem em missão reconhecem que há muito acalentavam a vontade de ser missionário. O Pe. Durães Barbosa acredita que cultivar estes ideais desde pequeno “favorece e estimula a participação e consciência em adulto”.

A infância missionária “é a obra número um das OMP”, sublinha o Director em Portugal, “procurando despertar a consciência de todos os baptizados”.

Este é um papel que cabe a professores, educadores, catequistas, “a todos”, enfatiza, pois só assim “se consegue uma eficaz sensibilização”.

Em muitos jovens “não resultará”, admite o Director da OMP, pois “muitos passam por uma fase de abandono da igreja”, mas acredita “que fica sempre qualquer coisa”.

O Pe. Durães Barbosa reconhece que este é um trabalho que deve ser dinamizado nas dioceses, uma tarefa nem sempre fácil e eficazmente desenvolvida. Mas o Director da OMP aponta que este ano, duas dioceses manifestaram a intenção de dinamizar e “implementar nas paróquias, através da catequese, a infância missionária”.

Este trabalho deve apostar numa forte “dinamização na catequese e nas escolas”. Este é o segredo para se conseguir um trabalho eficaz.

Muitos párocos, “entre muitos afazeres, têm de se preocupar com muitos movimentos”. O Pe. Durães Barbosa reconhece que “nem sempre há tempo para este trabalho de sensibilizar as crianças para a realidade de outros continentes”.

Este é um trabalho que, sem esquecer os sacerdotes, “é de leigos”. Mas “o padre tem de o dinamizar e impulsionar na sua paróquia”.

Em preparação está já o Congresso Missionário de 2008 que pretende envolver todas as dioceses. Informações sobre o programa em www.opf.pt/



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