quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Segurança na net

A 10 de Fevereiro comemora-se o Dia Europeu da Internet Segura, uma data que serviu de mote ao Luso Fonias do passado dia 7.

Ao longo dos últimos anos, as tecnologias de informação e comunicação têm modificado os hábitos das pessoas, tanto no seu trabalho como nas relações pessoais. Muitos de nós já não conseguem estar sem acesso diário ao e-mail. E este é apenas um dos exemplos de como a Internet veio Jorge Borgesmudar as nossas rotinas.

No entanto, é importante saber como podemos ter segurança e privacidade no uso da Internet, quais os riscos que corremos e como nos podemos proteger.

Para nos esclarecer estas dúvidas, esteve em estúdio Jorge Borges da Equipa de Recursos e Tecnologias Educativas, da Direcção Geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação.



Na opinião do P. Tony Neves:

«A auto-estrada da comunicação, a internet, não tem grandes polícias nem regras, pelo que tudo, ou quase tudo passa por ali. Esta é, ao mesmo tempo, a sua vantagem e um perigo. Vantagem porque todo o bem pode circular por ali; perigo porque todo o mal anda por ali á solta, ou quase. Isto, com a eterna desvantagem de não sabermos muito bem traçar a linha que separa o bem do mal, numa sociedade onde os valores quase que mudam de cabeça para cabeça e o que uns acham bem e sinal de avanço social outros podem achar criminoso (aborto, por exemplo). O P. António Rego definiu assim a internet: ‘é uma espaço, um foro, uma feira, uma expo, uma ciber-cidade, com todo o delírio de trânsito, pessoas, ofertas, procuras, compras, vendas, oportunidades, ruídos, vícios, depravações, páginas sublimes, lugar privilegiado de encontro de ideias, pessoas, jogos e afectos. Na net navega o mais nobre e o mais sórdido do que o ser humano é capaz. O ruído, o vírus e o lixo são três componentes que atravessam, a desoras, a cidade e todas as vias de comunicação virtual’ – considero esta definição do P. Rego uma das mais interessantes e abertas da internet.

Ora, a segurança, neste meio quase sem controlo, é um problema muito sério. Por vírus e outros atentados é fácil entrar nesta estrada, alterar dados, estragar programas e ficheiros, ter acesso a informação confidencial e, talvez pior que isso, seduzir crianças e adolescentes, atrai-las a lugares onde o crime andará á solta, semear o pânico nas famílias e nas sociedades.

Não defendo políticas de controlo da comunicação como a que se faz hoje na China ou em certos países Árabes, por exemplo. Ali está em causa a liberdade de expressão. Mas há que criar dinamismos que permitam perceber quando a net é utilizada para violar os direitos humanos. E aí não há que ter contemplações: é urgente agir em força para defender as pessoas e fazer a justiça possível a quem semeia o pânico e a morte nesta auto-estrada da comunicação.

Eu sou pela internet, pois considero-a um meio extraordinário de comunicação á escala do mundo. Mas também partilho a angústia de muita gente que acha que nesta nossa terra onde o bem e o mal andam de braço dado é preciso criar alguns mecanismos de segurança. É pena, mas tem que ser, para bem de todos.»




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