domingo, 30 de setembro de 2007

426 Presentes Solidários para Moçambique

Presente escolhido: 1 rede mosquiteira



Número de presentes: 426



Parceiro local: Franciscanas Missionárias de Maria



Região: várias no interior do país







Em Moçambique as Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria, parceiras da FEC, pediram que oferecêssemos redes mosquiteiras, principalmente devido ao problema da malária, que alastra em muitas zonas pobres do país. A Irmã Lumena conta como tudo foi por lá e como as pessoas reagiram ao presente:







«É com grande alegria que vos escrevemos este pequeno informe a fim de dar a conhecer o processo da distribuição das redes mosquiteiras e ao mesmo tempo agradecer a vossa generosidade e amor pelos irmãos mais carenciados. Esta iniciativa veio favorecer bastante a quem beneficiou das redes, visto que em breve começa a época das chuvas, mais propensa à malária.



O dinheiro recolhido foi então distribuído pelas diferentes províncias onde nós, as Franciscanas Missionárias de Maria, estamos em acção: dioceses de Maputo, Inhambane, Beira, Tete e Lichinga, sendo que em todas elas procurámos ir às zonas rurais onde abunda muita malária e onde o índice de mortalidade é elevado.







Temos também algumas reacções de pessoas que beneficiaram da campanha:







Estimados benfeitores, chamo-me Madalena Marcos, sou mãe de 3 filhos e solteira. Escrevo para manifestar a minha gratidão pelo grande apoio que nos enviastes do qual fui testemunha ocular. Recebemos redes mosquiteiras através das nossas Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria que muito colaboram connosco.
Esta ajuda irá aliviar um pouco a situação de malária na minha família.







Eu, Celeste Pedro, sou uma das mães que trabalha no centro nutricional. Escrevo para vos agradecer o apoio que nos fizeste pela oferta das redes mosquiteiras, é uma ajuda que contribui positivamente para a saúde das nossas crianças. Neste centro nos aparecem crianças em situação difícil e as mães nem sempre têm o leite suficiente para amamentar os filhos.







Eu sou Arlindo Alberto e agradeço a vossa ajuda na oferta das redes mosquiteiras tratadas. Foi um passo inicial e motivante pelo interesse que tendes por nós. Fazemos votos que nos ajudeis na medida do possível sem nenhuma preferência porque para nós toda a ajuda é válida.
»







Fraternalmente,



Irmã Lumena Bangalane



Franciscanas Missionárias de Maria

sábado, 29 de setembro de 2007

120 Presentes Solidários para São Tomé e Príncipe

Presente escolhido: 1 chapa de zinco

Número de presentes: 120

Parceiro local: Instituto Missionário São João de Eudes

Região: Ilha do Príncipe



Em São Tomé e Príncipe, o presente escolhido foram chapas de zinco. Com as 120 que foram recolhidas, foi possível ajudar a arranjar casas de famílias mais carenciadas, conforme nos conta o Padre Daniel, do Instituto Missionário São João de Eudes, parceiro da FEC.




«A Ilha do Príncipe é uma minúscula ilha de 5000 habitantes pertencente ao arquipélago de São Tomé e Príncipe, o segundo país mais pequeno de África. Os seus habitantes residem numa pequenina povoação, a que chamam "cidade" de Santo António e num punhado de "roças" (antigas propriedades agrícolas). Abundam as crianças e os idosos, enquanto as pessoas em "idade activa" se vêem obrigadas a emigrar, já que as perspectivas de emprego são quase inexistentes.

Situado na linha do Equador, São Tomé apresenta dos maiores índices de humidade e pluviosidade do mundo. Por isso mesmo, a degradação das casas é muito rápida, apodrecendo a madeira e enferrujando tudo o que é metal. Na Ilha do Príncipe as casas das pessoas mais humildes são feitas em madeira e cobertas a chapas de zinco. Ao contrário das tábuas e barrotes que se cortam das árvores da Ilha, as chapas são importadas e vendidas no Príncipe a 200.000 dobras cada uma, o equivalente a um terço do ordenado mensal de um professor ou a dois meses de reforma de um idoso. Uma casa pequena leva, pelo menos, 20 chapas.

Desde que chegaram à Ilha do Príncipe, vindos directamente da Colômbia, o padre Manuel e os três jovens irmãos têm procurado ajudar os mais pobres (principalmente os idosos) melhorando as condições de habitabilidade de suas casas. O Príncipe está cheio de pessoas idosas, principalmente cabo-verdianos sem família que vivem em condições deploráveis. As chapas oferecidas tornam possível um trabalho completo, quando até agora era só parcial, pois continuava a chover dentro das casas.

Dois exemplos de onde as chapas foram aplicadas:



1. O senhor Alexandre é idoso, viúvo e sem filhos. Vive numa casa muito degradada na cidade de Santo António. No tempo colonial foi um excelente profissional de carpintaria e serralharia. Mesmo agora, já idoso e com falta de vista, ainda tem muito para dar e, principalmente, ensinar.

Nestes dias, com o apoio das chapas oferecidas, a sua casa foi totalmente recuperada, o telhado em parte substituído e construído um telheiro que lhe irá servir de oficina. A ferramenta, por ele zelosamente guardada, permite-lhe começar imediatamente a trabalhar. Mesmo ao lado, alguns jovens montaram a sua própria marcenaria, contando com a ajuda e a experiência do "mestre" Alexandre, com quem aprendem o ofício.

Com tão pouco, o senhor Alexandre sente-se reviver e está feliz: só agora pode mostrar aquilo de que ainda é capaz.



2. O senhor Xico é um excelente alfaiate e com uma máquina de costura velha e ferrugenta e um ferro a carvão faz autênticos milagres de costura. Em tempos, a vida corria-lhe bem. Tinha casa aberta na cidade e trabalho não lhe faltava. Eram muitas as pessoas importantes da Ilha que lhe encomendavam fatos à medida para as festas e para os acontecimentos sociais mais importantes.

Recentemente, abateu-se sobre ele a maior das desgraças que pode acontecer a um idoso: por ignorância ou superstição ou, o que é mais grave, por inveja ou vingança, alguém pôs a correr o boato de que o senhor Xico era feiticeiro. É frequente este estigma recair sobre os idosos de São Tomé e Príncipe, principalmente quando apresentam alguma característica que os diferencia da maioria: não terem filhos, terem uma idade muito avançada, apresentarem alguma característica física especial, apresentarem alguma debilidade mental, etc. Quando alguém é acusado de feitiçaria, fica como que banida da sociedade e todos procuram manter-se afastados dele. Só resta o caminho do isolamento. Apesar da constante condenação destas atitudes por parte do bispo e missionários de São Tomé, a pratica parece que veio para ficar, até entre pessoas com elevada instrução.

Sem clientes e ostracizado, o senhor Xico fez, então, a única coisa possível: fechou a alfaiataria e foi morar com a mulher e o filho para uma barraca muito degradada no meio do mato perto da Roça do Picão. Vive daquilo que consegue cultivar e de alguns (poucos) trabalhos de costura que ainda lhe vão encomendando.

Com a chegada das chapas, procedeu-se à construção de uma nova sala da casa onde passará a funcionar a alfaiataria. Os missionários esperam que os raros visitantes estrangeiros e alguns amigos do exterior possam encomendar algumas vestes típicas africanas ao senhor Xico, para que a sua vida retome a possível normalidade».




Pe Daniel Henriques

Pároco de Algés e presidente da Associação Pagué – Intervenção Social na Ilha do Príncipe


sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Batuques, Guitarras & Compª. #4

O tema dispensa apresentações, Amar-te Assim está a ser um dos grandes êxitos do verão de 2007 em Portugal. É verdade, ah pois é… A banda angolana Irmãos Verdades há quatro meses que está no Top 10 de vendas de álbuns em Portugal, com o CD/DVD Verdades 10 Anos. Na primeira semana de vendas conquistaram o disco de ouro e agora orgulham-se de um platina.










No passado dia 2 de Setembro, Gaby Fernandes, vocalista da banda, esteve à conversa no Luso Fonias sobre o contributo da arte lusófona para a união dos povos. Vale a pena ouvir!



Segue a agenda de espectáculos. Aproveite para descontrair com os ritmos quentes desta banda angolana.


OUTUBRO

03 – Programa de TV “Contacto” – SIC

12 – Três Pinheiros – Mealhada

13 – Broadway – Coimbra

27 – Pedra Do Couto – Santo Tirso


NOVEMBRO

23 – Pavilhão da Associação Industrial – Águeda

24 – Pavilhão Gimnodesportivo – Pinhal Novo

158 Presentes Solidários para Timor-Leste

Presente escolhido: 1 kit de higiene

Número de presentes: 158

Parceiro local: Irmãos de São João de Deus

Região: Laclubar, sub-distrito de Manatuto



Em Timor, os Irmãos Hospitaleiros estão a levar a cabo um projecto de Educação para a Saúde, que consiste em acções de sensibilização da população juvenil para a importância da higiene pessoal e dos hábitos de higiene como forma de prevenção de doenças. Os 158 kits recolhidos permitiram cobrir uma parte da população estudantil, mas não chegou para todos. Assim, a campanha de 2007 dará continuidade a este projecto. O Irmão Vítor conta-nos como tudo se passou.



«No âmbito do Projecto EduSaúde, um projecto de formação de agentes multiplicadores de saúde, patrocinado pelo IPAD e levado a cabo em parceria com a Fundação Evangelização e Culturas (FEC), foram efectuadas 4 acções de formação – 3 na Escola Primária de Batara (EP Batara) e 1 na turma de alfabetização da Escola Secundária D. Basílio do Nascimento (ESDBN) – sobre higiene, pelos formandos da Turma B – Jovens. Salienta-se que nestas acções foram também distribuídos kits de higiene aos alunos, compostos por: 1 balde, 1 toalha de banho e 1 de rosto; 1 sabonete; 1 pente e 1 escova de cabelo; 3 escovas de dentes e 1 pasta dentífrica; 1 gaio e 1 corta-unhas. Estes kits de higiene foram conseguidos através da campanha “Presentes Solidários” da FEC, e de doadores particulares.

Salienta-se o sucesso desta acção, que visou dois objectivos fundamentais:

1) Formação básica em cuidados de higiene aos alunos da EP de Batara, num total de 230 alunos, com a distribuição de materiais que potenciassem esses cuidados;

2) Treino de competências dos formandos (agentes multiplicadores) do Projecto EduSaúde, transmitindo a outros os conhecimentos adquiridos nas formações.

As formações efectuadas tiveram um elevado grau de participação: o total dos alunos de alfabetização da ESDBN, 18 e a quase totalidade dos alunos da EP de Batara, 220 participantes. Salientamos ainda a grande aceitação das acções junto da população local, sobretudo país e familiares dos alunos “presenteados”. É impossível descrever os sorrisos de felicidade de cada criança ao receber o seu presente no final da sessão de formação.

Salientamos ainda o bom desempenho dos alunos formandos e a sua forte motivação na preparação e execução das formações.

Estas formações foram de alguma forma uma experiência piloto que pretendemos ver estendida em 2007/2008 a todas as escolas do Sub-distrito de Lalcubar, 12 no total, abrangendo uma população escolar de mais de cerca de 2000 alunos.

Queremos agradecer a todos os doadores e de forma particular à FEC e Irmãos de S. João de Deus portugueses, pois sem os vossos presentes não nos seria possível dar de presente nestas formações os referidos kits de higiene, que são de alguma forma a vertente prática das acções de formação levada a cabo.

Obrigadu wain».




Irmão Vítor Lameiras

Irmão de São João de Deus

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

1 euro por uma vida

A propósito de energia, de energia amiga…











A Fundação EDP está a desenvolver, com a Maternidade Alfredo da Costa (MAC), uma campanha de solidariedade que pretende angariar fundos para equipar a nova unidade de bebés prematuros.






Esta unidade foi recentemente recuperada. A falta de verba não permitiu, no entanto, comprar as máquinas novas, tão necessárias para estes pequenos bebés que nascem antes de tempo e precisam de cuidados muito especiais.
















Saiba mais aqui. Participe!





O futuro das energias, as energias do futuro

As actividades realizadas pelo homem correspondem a uma determinada utilização de energia. Por outro lado, a essa utilização de energia estão associados impactos ao nível ambiental, social e económico que, na maior parte das vezes, afectam o desenvolvimento sustentável. Ou seja, o desenvolvimento que permite às gerações presentes suprirem as suas necessidades, sem comprometerem a capacidade das gerações futuras fazerem o mesmo.

O Luso Fonias de 23 de Setembro esteve à conversa sobre “O futuro das energias, as energias do futuro”. Saiba que projectos estão a ser desenvolvidos e o que podemos fazer para pouparmos energia. Em estúdio esteve o Dr. Alexandre Fernandes, Director-Geral da ADENE – Agência para a Energia. Qual o futuro das energias? E quais as energias do futuro?



Segue o comentário do Pe. Tony Neves:

«O mundo inteiro está atado de pés e mãos aos produtores de petróleo porque tudo, ou quase, depende deste ouro negro. Mas convém não esquecer que se trata de uma energia não renovável que, por isso mesmo, tem os dias contados.

Estamos a entrar numa nova era energética marcada por um forte investimento naquelas que são apelidadas de energias alternativas. Parece um regresso ao passado, mas parece mais correcto dizer que é um olhar para o futuro. O vento e a água parecem estar de regresso à história como forças naturais capazes de fazer girar o mundo.

Há dias, num jantar, um alto funcionário do ministério da economia me falava das enormes vantagens do grande parque eólico que se está a instalar em todo o Portugal. Os grandes geradores eólicos criam electricidade a partir do vento. Também estão a ser instalados muitos painéis solares. Pouco a pouco, o petróleo vai tendo concorrentes à altura para o ir substituindo. E as energias alternativas têm outra grande vantagem em relação ao petróleo: não são poluentes. Esta questão ambiental está também a ser tomada muito a sério, porque a casa comum de todos, a Terra, é hoje um planeta ameaçado.

Olhando ao conjunto do nosso espaço lusófono, nota-se que sol e vento são forças da natureza que não faltam por estas paragens. Por isso, há que investir na qualidade de vida das pessoas e na criação de boas condições energéticas para que todas as empresas sejam competitivas e atinjam os objectivos que se propõem.»



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segunda-feira, 24 de setembro de 2007

83 Presentes Solidários para Cabo Verde

Presente escolhido: 1 rádio



Número de presentes: 83



Parceiro local: Franciscanos Capuchinhos



Região: Ilha do Mindelo






Em Cabo-Verde, o Padre Fidalgo, parceiro da FEC no terreno, achou que seria importante facilitar o acesso da população, principalmente a mais carenciada, à informação. Assim, a Campanha Presentes Solidários permitiu recolher dinheiro para a compra de 83 rádios, que o Padre Fidalgo já começou a distribuir à população. Fica aqui o registo de três das pessoas que receberam como exemplo das muitas famílias que assim puderam passar a saber o que se passa no seu país e no resto do mundo.







«Caros Amigos,



A entrega de rádios à população cabo-verdiana já teve início. Por agora, falo-vos de três casos de pessoas carenciadas que receberam os seus rádios. Tratam-se de três famílias muito pobres. Creio que os aparelhos não têm que necessariamente ser oferecidos somente a pessoas muito pobres, mas essas deveriam ser privilegiadas.
A Dona Domingas vive com o seu netinho, que também aparece na foto. Costumava escutar rádio numa casa vizinha. Agora não precisa fazer isso. Não tem energia eléctrica em casa, por isso comprámos duas pilhas das grandes para o rádio.



Nesta foto temos outra Dona Domingas, que vive com a filha e netos. Como acontece em muitas famílias em Cabo Verde, o grande ausente é o homem (o pai ou o companheiro), pelo que resta à mulher garantir a educação e a subsistência das crianças da família.



Finalmente, temos a Dona Antónia e o filho Isaías. O Isaías é um dos 9 filhos da Antónia. O companheiro da Antónia faleceu há uns 8 anos, deixando-a encarregue de toda a família. Nesta casa também não há energia eléctrica, pelo que também tivemos de comprar pilhas para acompanhar o rádio».







Pe António Fidalgo



Franciscanos Capuchinhos


terça-feira, 18 de setembro de 2007

Abrir o nosso coração

Quantas vezes usamos a expressão "abrir o nosso coração"? Muitas… Mas será que a pomos em prática? Será que sabemos abrir o nosso coração ao próximo?

A 30 de Setembro comemora-se o Dia Mundial do Coração, cujo objectivo é reforçar a importância de um estilo de vida activo para um melhor coração e uma vida mais saudável. E foi por isso que o Luso Fonias de 16 de Setembro esteve à conversa sobre a tão usada expressão, “abrir o nosso coração”. Uma conversa para tentarmos perceber de que forma a ajuda ao próximo também contribui para que o nosso coração seja mais saudável e feliz.

Em estúdio esteve o Dr. Henrique Pinto, Director da Revista Cais. Não deixe de ouvir esta entrevista e os apontamentos das rádios que colaboram na rubrica Vozes da Lusofonia.



Nesta emissão comemorámos também as 400 emissões de rádios em cooperação. O Luso Fonias tem apenas um ano, celebrado no passado dia 2 de Setembro, mas o projecto de Rádios em Cooperação conta já com 400 emissões, o que corresponde também ao Igreja Lusófona, um programa da Fundação Evangelização e Culturas em parceria com a Rádio Renascença, que durou sete anos e no ano passado deu origem ao LF.



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quinta-feira, 13 de setembro de 2007

187 Presentes Solidários para o Brasil

Presente escolhido: 1 dúzia de galinhas

Número de presentes: 187

Parceiro local: Missionários da Consolata

Região: Roraima (Amazónia)




Foram angariadas 187 dúzias de galinhas, número que permitirá ajudar a situação de muitas famílias indígenas na Terra do Sol, conforme nos conta o Padre Brito, dos Missionários da Consolata, parceiros da FEC neste país.




«A Terra Indígena Raposa Serra do Sol, TIRSS, situa-se ao nordeste do estado de Roraima, Brasil. Tem uma superfície de km2 17.746 com uma população aproximada de 19.000 habitantes, distribuídos em 177 aldeias.

A TIRSS está organizada em quatro Regiões administrativas: Raposa, Baixo Cotingo, Surumu e Serras. Cada Região tem um Coordenador de Tuxauas e do Conselho Regional que tem a função de organizar e harmonizar as actividades regionais.

Cada comunidade, por sua vez, tem um Tuxaua, que coordena a vida da comunidade, catequistas, uma ou mais responsável dos trabalhos das mulheres, agentes de saúde, professores, capatazes, que coordenam os trabalhos comunitários e outras lideranças; juntos procuram organizar todas as actividades comunitárias para melhores resultados de produção, sustento e harmonia.

A população da TIRSS é constituída em sua maior parte pelos povos Makuxi, mais um bom número de Ingarikó, Taurepang e Jarekuna, uma aldeia de Patamona, e Wapixana presentes em várias aldeias. Esta diversidade étnica não afecta a harmonia de vida, intentos, actividades e organização das regiões.

As actividades económicas produtivas estão voltadas quase que exclusivamente ao próprio sustento, o excedente e às vezes usado para troca com bens de interesse imediato. Este sustento é tirado principalmente de pequenas plantações de mandioca, milho, feijão e arroz, caça e pesca. Poucos criam algumas galinhas, porcos ou cabras.
Em todas as comunidades há professor, agente de saúde e aposentados remunerados, que normalmente destinam parte de suas mensalidades para ajudar familiares, parentes, comunidade e região.

As comunidades indígenas, através de suas lideranças, mais uma vez se tornaram conscientes da necessidade de trabalharem unidas, organizando uma resistência firme, activa e não violenta para fazerem prevalecer os seus legítimos direitos de sobrevivência.

A Igreja, através das missões, sempre deu apoio às comunidades indígenas em suas lutas para defesa de seus direitos e, mais uma vez, precisa estar ao seu lado. Através da campanha dos Presentes Solidários foi criado um projecto de criação de frangos que permitirá manter esta luta pela igualdade de direitos bem acesa. Este trabalho está sendo organizado pelas lideranças indígenas, que assumem total responsabilidade pela sua execução. Nas últimas reuniões das quatro comunidades que se organizaram para implementar e desenvolver este projecto da criação de frangos, ficou claro que estas comunidades estão já trabalhando para tudo reverter em benefício das famílias mais carentes que também aceitaram colaborar nesta iniciativa».





Padre Brito

Missionários da Consolata


quarta-feira, 12 de setembro de 2007

190 Presentes Solidários para Angola

Presente escolhido: 1 conjunto de enxada com sementes


Número de presentes: 190


Parceiro local: Franciscanas Missionárias de Maria


Região: várias no interior do país






As Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria foram as parceiras da FEC no terreno. Não foi fácil fazer chegar às pessoas devidas o material, mas a Irmã Rosário Briones vai explicar isso melhor no seu texto.






«Pretendemos dar contas do andamento do projecto - Campanha de Presentes Solidários - por meio do qual ofereceram kits de sementes e enxadas para a Missão de Angola.


Por aqui, os sistemas de comunicação nem sempre estão operativos, como gostaríamos que estivessem, e portanto não conseguimos muitas vezes enviar ou receber as nossas mercadorias. Como tal, os presentes dirigidos ao interior do país demoraram mais algum tempo a sair.


No tocante à compra das enxadas, tivemos de dar muitas voltas em Luanda até as encontrar de boa qualidade, enxadas que perdurassem! As que acabámos por comprar são portuguesas. No início, só encontrávamos enxadas chinesas, mais baratas é verdade, mas de mais fraca qualidade.


Outro problema que nos surgiu foi o transporte até às missões do interior, onde elas serão entregues na sua totalidade. O transporte não foi fácil. Algumas só partiram há dias com as sementes. Os correios não funcionam em Angola. Então, tudo o que diz respeito a correspondência depende da ida e vinda de pessoas de confiança que fazem estes percursos de Luanda, a capital, para as províncias do interior.


O que podemos adiantar neste momento, é que os conjuntos de enxadas e sementes já foram entregues e outras estão a caminho. Já comprámos várias sementes (tomante, cenoura, alface, couve, paus de mandioca, etc.), mas falta-nos ainda comprar semente de ginguba, feijão, etc.


Muito obrigada, mais uma vez, por todas estas ofertas que estão a fazer a diferença de muita boa gente do interior, sobretudo. É nessas zonas que as pessoas mais necessidade têm de garantir a sua subsistência e é também lá que muitas não têm os meios para o fazer. Estes conjuntos de sementes vão melhorar a vida de muitas famílias.»


Ir. Rosário Briones


Franciscanas Missionárias de Maria



Campanha Presentes Solidários 2006



No Natal de 2006, a Fundação Evangelização e Culturas (FEC) criou a campanha Presentes Solidários. O objectivo foi proporcionar um Natal diferente às populações dos países de expressão portuguesa, e ao mesmo tempo propor à sociedade civil portuguesa que abdicasse do Natal consumista que todos os anos nos afasta do verdadeiro significado do Natal.







O funcionamento da campanha era simples: existiam 7 presentes à escolha, um para cada país de expressão portuguesa. Cada pessoa escolhia o presente e procedia à oferta do mesmo a outra pessoa, através de um certificado entregue pela FEC.



A campanha foi um verdadeiro sucesso e possibilitou a aquisição de cerca de 1400 presentes, que foram distribuídos pelos diferentes países. Para este ano está já a ser preparada uma campanha idêntica, da qual daremos conta no blog e no Boletim e site da Fundação.







Ao longo dos próximos dias, vamos colocando online os resultados das entregas dos presentes de 2006. Assim como é importante ajudar, é importante apresentar a quem ajudou os resultados desse apoio.








A próxima Campanha Presentes Solidários arrancará em Novembro.
Por um Natal 2007 mais solidário!


terça-feira, 11 de setembro de 2007

Escola do Futuro

O modelo da Escola do Futuro é completamente orientado para a utilização da Internet. Com esta mudança tecnológica, surgem novas formas de ensino e de acesso ao conhecimento.

O Luso Fonias de 9 de Setembro esteve à conversa sobre a conjugação de escola e futuro. Sobre o tempo que está por vir e respectivas implicações no ensino.

Em estúdio contámos com a participação de Kevin Mcguiness que nos falou do PT Escolas, um projecto que tem sido a grande aposta da Portugal Telecom na educação e que tem como lema é “Do Saber ao Fazer”.



Segue o comentário do Pe. Tony Neves:

«Aprender a ler, escrever e contar foi, anos a fio, o grande objectivo da escola. Em tempos de crise e pobreza generalizada, boa parte das crianças não ia à Escola e as que tinham essa possibilidade ficavam-se, regra geral, pela quarta classe. Isto aconteceu em Portugal até aos anos 1970 e, no restante espaço lusófono, a situação não era melhor. Os números do analfabetismo eram gritantes e as pessoas que conseguiam terminar um curso superior eram muito poucas.

Nos últimos tempos, o panorama mudou radicalmente. Não só aumentou, e muito, a percentagem das pessoas que vão à escola, como mudaram pedagogias e estratégias de ensino, um pouco por todo o espaço lusófono. Hoje, a escolaridade obrigatória é um objectivo e aumentam as condições reais para que todas as crianças e jovens possam ir à escola.

A Escola do futuro será marcada pelas novas tecnologias, por pedagogias sempre aprofundadas, pela possibilidade de ensino à distância, pela facilidade de consultar pela Internet.

Mas, na minha opinião, a escola do futuro tem de ajudar a compreender o mundo, a melhorar as relações humanas, a perceber melhor os desafios éticos da convivência social, a incentivar á criatividade artística.

Ao entrarmos hoje em boa parte dos estabelecimentos de ensino, ficamos extasiados com a quantidade de computadores, de livros e outros materiais didácticos e pedagógicos. Mas continua a ser importante a prática de uma solidariedade sem fronteiras pois, em muitas povoações do espaço lusófono, há falta de escolas, de professores, de material escolar e de condições reais da população para enviar as suas crianças à escola. Só uma solidariedade muito efectiva pode ajudar estas crianças a construir o seu futuro.»




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quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Ecos da Lusofonia

Ecos da Lusofonia – 7 Anos de Rádios em Cooperação é o título da obra lançada pela Fundação Evangelização e Culturas (FEC) para celebrar os sete anos, 350 emissões, do programa radiofónico Igreja Lusófona (programa que deu origem ao Luso Fonias), realizado por esta Organização Não Governamental para o Desenvolvimento em parceria com a Rádio Renascença (RR).


O evento realizou-se no Auditório da RR, no dia 28 de Setembro de 2006, com um painel constituído por António Corrêa d’Oliveira (RR), Madalena Arroja (Instituto Camões), Pe. Tony Neves (editor do programa) e Jorge Líbano Monteiro (FEC). Intervenções moderadas pelo locutor Carlos Duarte Bastos, há seis anos a dar voz ao programa, e que reflectiram a importância da rádio na promoção da Língua Portuguesa.


Com prefácio de Marcelo Rebelo de Sousa, este livro reúne: 20 entrevistas a personalidades de renome que passaram pelo programa; alguns dos comentários do editor, Pe. Tony Neves; bem como reflexões sobre o papel da rádio nos países de expressão portuguesa.


Nas palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, «(…) iniciativas como a deste programa de rádio dão muito trabalho, apelam a voluntariado dedicado, mobilizam gente por esse mundo fora, envolvem jovens entusiastas, são, elas próprias, no seu fazer, um modo de participação comunitária de evangelização, de testemunho cristão. São mesmo, à sua maneira, para os crentes nelas empenhados, verdadeiras orações, enquanto caminhos para Deus através do serviço dos outros».



Se deseja adquirir um exemplar da obra Ecos da Lusofonia (13€ + portes de envio) escreva para lusofonias@gmail.com ou ligue + (351) 21 885 54 78


segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Arte Lusófona

O Luso Fonias festeja o seu primeiro aniversário com uma emissão dedicada à Arte Lusófona e o seu contributo para a união dos povos.

A palavra arte deriva do latim ars, que significa técnica ou habilidade. É uma actividade associada a manifestações de ordem estética por parte do ser humano. No entanto, a definição de arte é fruto de um processo sócio-cultural e depende do momento histórico em questão, variando bastante ao longo do tempo.

A lusofonia é rica nas suas diversas manifestações artísticas. Desde os ritmos e batuques, às cores quentes das telas, passando pelo artesanato popular… é uma variedade imensa. Sendo assim, qual o contributo da arte lusófona para a união dos povos? É este o tema do Luso Fonias de 2 de Setembro.

Em estúdio esteve Gaby Fernandes, vocalista da banda angolana Irmãos Verdades, e Issa Hipólito Djata, artista plástico que com os seus irmãos criou o grupo guineense Irmãos Unidos. Pois é… parece que celebramos o nosso primeiro aniversário com um programa de irmãos, irmãos na profissão e na lusofonia.



Segue o comentário do Pe. Tony Neves:

«A expressão artística é uma das imagens de marca de um povo. No espaço lusófono, cada país, cada região tem formas artísticas próprias que ajudam a dar identidade.
Ligada à cultura, a arte tem de ser apoiada. A criatividade artística é decisiva para o crescimento intelectual e espiritual das pessoas e dos povos.
Considerada ‘produto de luxo’, quando há crise, a arte é das primeiras áreas a sofrer cortes orçamentais. As consequências são, regra geral, desastrosas para a cultura e civilização dos povos.

Os tempos que correm são muito marcados pelo consumismo e materialismo, ideologias que colocam a arte na prateleira das coisas supérfluas porque não dão lucro imediato. A única arte apoiada é a que se vende bem e dá dinheiro. O resto não tem merecido grande incentivo por parte dos governos.

O mecenato também pode jogar aqui uma cartada decisiva. As empresas deveriam investir mais no apoio à cultura e à arte, apoiando iniciativas nestes âmbitos. Os governos deviam publicar leis que incentivassem este apoio. Tudo em nome da cultura.

Para os países como Angola e Moçambique que a guerra obrigou a gastar balúrdios de dinheiro, os novos tempos que se vivem são de apostas fortes na educação, na saúde, nas comunicações... mas é bom que não considerem a arte como um parente pobre. Países como Cabo Verde, Guiné-Bissau, S. Tomé e Príncipe ou Timor-Leste, cujos orçamentos de Estado nunca conseguem cobrir o essencial, devem manter de pé a preocupação de apoio às artes e incentivo à produção artística e cultural. Portugal e Brasil, marcados pela força do capitalismo, também devem preocupar-se com a vertente criativa e espiritual da vida dos seus povos.»



Ouça os apontamentos de Amadu Uri Djaló, da Rádio Sol Mansi (Guiné-Bissau), e do Pe. Inácio Medeiros, Director da Rádio Aparecida (Brasil), que não chegaram a tempo da realização do programa.




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domingo, 2 de setembro de 2007

Ao Encontro da Lusofonia

Foi a 2 de Setembro de 2006 que o antigo Igreja Lusófona, um programa de rádio da Fundação Evangelização e Culturas feito em parceria com a Rádio Renascença, então com sete anos e 350 emissões, deu lugar ao Luso Fonias – um encontro de vozes e culturas de rádios de inspiração cristã de Portugal e de todo o mundo lusófono.



Ao longo do último ano, procurámos unir os povos e culturas que se exprimem em português, reflectindo a importância da cooperação para o desenvolvimento e dando a conhecer a realidade e diversidade de opiniões das comunidades lusófonas, nomeadamente ao nível da partilha de saberes.





A juntar às seis rádios lusófonas que já produziam conteúdos para o programa, começámos a ser transmitidos em São Tomé e Príncipe através de uma parceria com a Rádio Jubilar, que passou a ser colaboradora semanal na rubrica Vozes da Lusofonia. Além disso, angariámos também mais uma rádio retransmissora, a Rádio Canção Nova em Fátima, que assim se junta às 12 rádios em Portugal e restantes oito em Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Vaticano e Estados Unidos da América que já retransmitiam o programa.





Foi um ano de muitas conquistas. Deixámos de ser apenas um programa de rádio e passámos também a estar presentes na blogosfera neste espaço feito para SI.





O objectivo do Luso Fonias Online é ser mais um canal de interacção entre as rádios, proporcionando a partilha e o debate, ou seja o trabalho a distância entre rádios cujo elo de união é a Língua Portuguesa.





Neste blogue podemos conhecer as rádios parceiras no menu Em Antena, ouvir os programas na Telefonia, consultar sites e blogues que estão em Sintonia com a missão do programa, ver as fotos da equipa, encontrar curiosidades bem como notícias do espaço lusófono. Mas, o principal objectivo deste espaço online é permitir-lhe interagir e deixar a sua opinião. Vá… clique e participe com o seu comentário! Se tiver dúvidas, escreva para lusofonias@gmail.com





Gostaria de dizer ainda que, é com muita alegria que celebramos este aniversário na sua companhia, com a esperança de que este ano e os que virão de Luso Fonias lhe permitam ir ao encontro das vozes e culturas que em português se exprimem. Estamos juntos!






Por Adelaide Elias


Produtora do Luso Fonias







Ouça a primeira emissão deste programa – Ao Encontro da Lusofonia