sábado, 16 de outubro de 2010

Rede Fé e Desenvolvimento


Com base na Doutrina Social da Igreja, que incita à participação na transformação do mundo, a Fundação Evangelização e Culturas criou em 2009 a Rede Fé e Desenvolvimento. Esta Rede tem trabalhado com várias dioceses e movimentos da Igreja Católica, promovendo uma reflexão sobre os temas do Desenvolvimento e mobilizando esses grupos para serem mais activos na discussão de problemas globais, como o cumprimento dos Objectivos do Milénio ou as alterações climáticas.
Para nos explicar em que consiste a Rede Fé e Desenvolvimento, o Luso Fonias conta com a participação de Margarida Alvim, Coordenadora da Rede.

Na opinião do P. Tony Neves:

«A Rede Fé e Desenvolvimento nasceu para ajudar a Igreja e a sociedade a perceber a importância dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio (ODM) em que os Governos sem comprometem a reduzir a pobreza do mundo para metade até 2015. Trata-se de um projecto apoiado pela Campanha do Milénio das Nações Unidas, que pretende sensibilizar e mobilizar a Igreja Católica para as questões do desenvolvimento, actuando no mundo e em diálogo com as outras confissões religiosas e restante sociedade civil. Uma das últimas iniciativas foi a de acompanhar por dentro a Cimeira da ONU para a avaliação dos ODM, que se realizou em Nova Iorque a 27 e 28 de Setembro.
A Margarida Alvim, que coordena esta Rede criada no âmbito da Fundação Evangelização e Culturas, aceitou esta missão como um desafio, como explicou: ‘este trabalho contribui, mais uma vez, muito para o meu próprio desenvolvimento, como cidadã e como crente. Só tenho a agradecer a Deus e à FEC esta oportunidade. A Rede Fé e Desenvolvimento transporta-me para o Mundo’.
Trabalhar em Rede é hoje um imperativo. Ninguém faz nada sozinho e os problemas do mundo têm tal dimensão que só unindo esforços e corações se podem tentar resolver. Por isso, a Margarida Alvim acredita que a missão da Rede Fé e Desenvolvimento lança desafios à Igreja: ‘Ela deve ter uma voz mais activa e forte no exercício da sua cidadania. Porque tem autoridade para o fazer, porque faz parte da sua Missão e porque como crentes, temos a obrigação acrescida de intervir na construção de uma sociedade mais justa, e isso passa pelo acompanhamento das políticas, pela acção, pela sensibilização, pelo desmascarar injustiças, pelo fazer pontes’.
Percebemos, pelos resultados da Cimeira, que a Pobreza ainda está para durar e o objectivo de acabar com metade até 2015 será mais miragem que concretização. Mas não é tempo de cruzar os braços porque o grito dos pobres continua a ecoar bem alto e bem fundo nos nossos ouvidos de pessoas marados com o carimbo do Evangelho que nos obriga a partir ao encontro dos mais pobres».

Ouça este programa e os mais antigos na Telefonia
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