sábado, 8 de janeiro de 2011

A Cáritas de Angola

No programa de hoje conhecemos o trabalho da Cáritas de Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau. Com presença em 165 países, a Cáritas é a maior rede católica a trabalhar na redução da pobreza e em defesa da justiça social. Tal como a Igreja Católica está fortemente implantada em todos os países lusófonos, também a Cáritas tem uma presença essencial nestes países, onde o seu trabalho atravessou os processos de independência, os tempos de guerra e deslocação de populações, e as catástrofes naturais.
Para nos explicar o que faz a Cáritas de Angola, tivemos no Luso Fonias a sua directora, a Irmã Marlene Wildner.

Na rubrica Em Poucas Palavras, Catarina Lopes falou-nos do seu livro "Recortes da História da Guiné-Bissau". Para saber mais sobre este livro e como o pode adquirir, veja este link.




Na opinião do P. Tony Neves:
Angola viveu 27 anos de desastrosa guerra civil. Foram os acordos de Lwena que puseram um ponto final nesta tragédia, no início de 2002, já lá vão quase dez anos. No período da violência generalizada, a Igreja foi a instituição que mais combateu a guerra e os seus efeitos. A tragédia humanitária que desabou sobre as populações angolanas foi, muitas vezes, amenizada com a intervenção solidária dos católicos, através do seu braço caritativo, a Caritas.
Nascida para combater a pobreza, esta organização internacional é uma imagem de marca da opção da Igreja pelo combate às desgraças, sejam estas provocadas pela intervenção humana, sejam elas causadas por catástrofes naturais. Havendo problemas, encontramos sempre a caritas na linha da frente, com o objectivo claro que combater os males e colocar-se ao lado das vítimas.
Angola tem uma dívida enorme á Caritas e á sua corajosa intervenção durante a guerra civil. A Caritas estava onde ninguém ousava estar, apoiava quem era abandonado por todos, corria os riscos de quem se punha nas frentes dos combates, por onde a morte passava e fazia razias.
Hoje, quase dez anos depois do cessar fogo, a Caritas mantém a sua missão de apoiar os mais pobres. Já não tem que fazer intervenção de ajuda humanitária, mas continua ser urgente apoiar os excluídos da sociedade e lançar projectos de educação para a cidadania e de desenvolvimento sustentável e sustentado. São novos os tempos que se vivem em Angola, a lançar desafios novos e a apelar a compromissos renovados. Ler os sinais dos tempos e abrir novas frentes de missão solidária é objectivo que a Caritas quis tomar a sério e está a tentar implementar, derrubando as resistências que sempre se colocam a quem ousa mudar.
Ontem como hoje, a credibilidade da Igreja joga-se muito neste teatro da dignificação das pessoas. A Caritas, como braço solidário, tem um papel de grande relevância social a desempenhar. Tem cumprido bem a sua missão e deve manter sempre acesa a chama da confiança que os mais pobres nela depositam.


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