quarta-feira, 22 de julho de 2009

Saber comer - o papel da Família na alimentação


Uma alimentação saudável está na base de um crescimento equilibrado das nossas crianças. No entanto, na correria do dia-a-dia nem sempre se consegue ter tempo e disponibilidade para preparar uma refeição completa que vá ao encontro das necessidades básicas. E em tempo de crise, aumenta exponencialmente o número de famílias que não dispõem de recursos financeiros suficientes para darem aos seus filhos os alimentos mais simples e mais necessários.

Para nos falar sobre como se deve comer e qual o papel da família na alimentação, o LusoFonias conta com o contributo de Luís Santos, Secretário da Direcção da Associação de Doentes Obesos e ex-Obesos de Portugal.



Na opinião do P. Tony Neves:


«Perdi sete quilos nos últimos seis meses. Para boa parte dos europeus e de outros ricos deste mundo, o que me aconteceu seria uma graça enorme. Só que eu já estava magro e assim fiquei pior. Mas uma parte da humanidade tem problemas sérios de saúde porque come demais e está obesa.

Não é por acaso que os meios de comunicação social falam hoje muito de alimentação. Propõem dietas saudáveis, denunciam a chamada ‘comida de plástico’, tentam educar as pessoas para uma alimentação que não peque nem por excesso nem por defeito. Isto, entre os mais ricos das nossas sociedades.

Entre os mais pobres e acerca deles, o discurso é outro. A fome continua a fazer razias por esse mundo além. A subnutrição é um problema muito sério com consequências desastrosas a todos os níveis. Quando o dinheiro não chega para a comida, muito menos será suficiente para permitir ir à escola, ter uma casa condigna. As desgraças andam sempre todas juntas.

A família desempenha um papel decisivo nas questões alimentares. Tal acontece em caso de abundância como em caso de penúria. Há que investir na educação para a alimentação. Temos que evitar, a todo o custo, que haja desperdícios de comida em casa de quem tem demais e haja fome em boa parte das mesas da humanidade. O saber comer é uma arte que pode revolucionar o mundo, permitindo mais partilha e solidariedade. Provam as estatísticas que a fome não é fruto da falta de alimentos. É, antes, o resultado da sua péssima distribuição, pois enquanto uns esbanjam outros morrem pela sua falta.
Criemos, pela educação, mais justiça distributiva e todo o mundo estará melhor. Sobretudo, todos nos sentiremos mais irmãos.»




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