segunda-feira, 17 de maio de 2010

Cooperação e Solidariedade





As Cáritas dos países de língua oficial portuguesa reuniram-se entre 25 de Abril e 2 de Maio na Guiné-Bissau para reflectir sobre o “Combate à Pobreza promovendo a auto-suficiência alimentar”.
Neste Luso Fonias contamos com um debate organizado pela Rádio Sol Mansi, da Guiné Bissau, com representantes das Cáritas de vários países que estiveram presentes neste encontro.










Na opinião do P. Tony Neves:




«Falar de Caridade após a passagem de Bento XVI entre nós, em Portugal, vem sempre a propósito. Aliás, o papa fez questão de colocar o compromisso social dos cristãos como ponto alto da sua agenda. O encontro, em Fátima, com quantos se empenham por um país mais solidário e mais fraterno é prova dessa vontade do Papa estar do lado dos mais pobres, daqueles que merecem ter mais vez e mais voz.
‘Deus é Amor’ é a primeira encíclica de Bento XVI. Para o Papa, o amor a Deus e o amor ao ‘próximo’ constituem um único mandamento e fundem-se no mais pequenino dos humanos. Por isso, Jesus usou parábolas como a do Bom Samaritano, a do Rico e do Pobre Lázaro, ou a do Juízo Final para dizer que o ‘próximo’ é qualquer pessoa que necessite de mim e eu possa ajudá-lo.
O Papa recorda ainda que, no âmbito da solidariedade, há que evitar duas tentações: a de ter soluções humanas e técnicas para tudo e a de cruzar os braços porque não se consegue resolver nada.
‘Caridade na Verdade’ é o documento que Bento XVI dedica a temas sociais. Defende um desenvolvimento humano integral, que atinja todas as pessoas em todas as dimensões do humano. O Papa considera que o subdesenvolvimento depende da responsabilidade humana: resulta da falta de fraternidade entre as pessoas e entre os povos: ‘A sociedade cada vez mais globalizada torna-nos vizinhos, mas não nos faz irmãos’. Bento XVI condena o aumento do fosso entre ricos e pobres: ‘cresce a riqueza mundial em termos absolutos, mas aumentam as desigualdades. Nos países ricos, novas categorias sociais empobrecem e nascem novas riquezas’. Há uma denúncia forte à corrupção e ilegalidade presentes no comportamento de sujeitos económicos e políticos dos países, tanto pobres como ricos, insistindo na situação que se vive em certos países mais pobres: ‘(…) alguns gozam duma espécie de superdesenvolvimento dissipador e consumista que contrasta, de modo inadmissível, com perduráveis situações de miséria desumanizadora. Continua o escândalo de desproporções revoltantes’ .
O Papa considera que o aumento maciço da pobreza mina a coesão social e põe em risco a democracia. Há que continuar a investir na aplicação dos princípios tradicionais da ética social: a transparência, a honestidade, a responsabilidade e a gratuidade.

Parabéns á caritas e a quantos fazem da solidariedade um espaço de Missão.»







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