sábado, 9 de outubro de 2010

Cooperação Intermunicipal


Há vários anos que se estabeleceram laços de cooperação e partilha de recursos e experiências entre municípios de Portugal e dos países lusófonos. Desta cooperação nasceram vários projectos de construção de infra-estruturas, apoio à educação e à saúde, ou formação de técnicos municipais. É também uma forma de integração das populações imigrantes presentes em Portugal, que assim estreitam laços com os seus países de origem e vêm a sua cultura valorizada.
Para nos falar sobre a cooperação estabelecida entre municípios de Portugal e dos países africanos de língua portuguesa, o Luso Fonias conta com a participação da Vereadora Corália Loureiro, da Câmara Municipal do Seixal, que comemora 20 anos de cooperação com o município caboverdiano da Boa Vista.

Na opinião do P. Tony Neves:

«Criar laços, construir pontes... são sempre objectivos em que vale a pena apostar. Isso pode dar-se entre todos os países (ONU), entre alguns países (União Europeia, União Africana...), entre Dioceses (por exemplo, entre Leiria-Fátima e Sumbe (Angola), entre Paróquias e entre Municípios. É sobretudo destes laços que gostaria de reflectir hoje.
Há diversas câmaras municipais de Portugal que estão geminadas com Municípios de outros países do espaço lusófono. Une-as as afinidades entre povos que falam a mesma língua e partilham história e cultura. Estas afinidades são decisivas para que outros projectos de parceria possam ser pensados e implementados.
Não há dois municípios iguais, pelo que as geminações têm todas a marca da originalidade que caracteriza cada terra e cada povo. Algumas vezes, um dos Municípios está a passar por um período mais complicado da sua história e a geminação pode ajudar a resolver problemas, seja no âmbito da saúde, da educação ou de âmbito social. Outras vezes, a geminação é pretexto para intercâmbio de pessoas que aproveitam a oportunidade para partilhar culturas e experiências diversificadas que a todos enriquecem. Não se podem perder oportunidades de aproximar povos e culturas, dando uma pequena contribuição para que expressões como ‘fraternidade universal’ não apareçam só em dicionários e enciclopédias.
Se todos os lusófonos fizessem mais esforço em gerar sintonias com quantos partilham a língua, parte da história e da cultura, ganharíamos um estatuto diferente à escala do mundo. Somos muitos milhões, mas precisamos de ser mais irmãos. Que o projecto Enlaces, que quer promover mais cidadania e desenvolvimento, mais partilha e encontro dentro do espaço lusófono, seja mais conhecido e mais vivido. Toda a lusofonia, todos os lusófonos vamos ficar mais ricos».

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