sábado, 13 de novembro de 2010

Angola: Oportunidades e Desafios


Com o final da guerra civil em 2002, Angola arrancou para um novo ciclo marcado por um forte crescimento económico, sustentado principalmente pelo aumento das receitas associadas ao petróleo, a reconstrução de infra-estruturas produtiva e o realojamento de cerca de 4 milhões de deslocados internos.
Na semana em que Angola comemorou 35 anos de independência, contamos com a presença de Carlos Pacatolo, responsável pela Área Social da Administração Regional do Lobito.

Na opinião do P. Tony Neves:

«Angola celebrou neste 11 de Novembro os 35 anos da sua Independência. Não há dia nenhum em que Angola não esteja no meu coração e minha boca. Vivi lá seis anos e nunca mais de lá saí. Acompanho o que se lá vai passando. Tenho ido lá nos últimos anos, o que me permitiu acompanhar o desenvolvimento do pais após o cessar fogo de 2002. Angola é, de facto, um país em obras. Basta chegar a Luanda para o perceber. E se tivermos a oportunidade de fazer uma viagem que ligue duas capitais de Província vemos logo que tudo mexe. Mas também salta aos olhos que há injustiças gritantes entre quem tem tudo e quem não tem nada, entre os centros das cidades e as paupérrimas periferias, entre o litoral desenvolvido e o interior abandonado.
A celebração da independência, a 11 de Novembro, é sempre um excelente pretexto para se avaliar o caminho feito e o muito que há por fazer em ordem á construção de um país reconciliado, desenvolvido, justo e solidário.
O P. António Moreira viveu 50 anos em Angola, desde o tempo colonial, passando por toda a guerra civil e mantendo-se até agora por terras do Kuito. Em artigo a publicar brevemente, este grande missionário fala de um Kuito desenvolvido em contraste com um interior abandonado.
E vai mais longe e mais fundo na sua avaliação da situação em que vive o povo angolano: ‘Falta o mais importante: a reconstrução espiritual e psicológica. Houve, em tempos passados, uma montagem para a guerra. Assistimos a acções, palavras, atitudes, retaliações, mau uso dos meios de comunicação social que podiam levar ao ódio, à vingança, à guerra. Agora há que desfazer esta montagem de ódio e, pouco a pouco, reconstruir uma cadeia com elos de justiça, reconciliação, perdão, tolerância, amor e paz. A Igreja precisa de estruturas físicas para realizar a sua Missão, mas é no campo da reconstrução psicológica e espiritual que ela deve exercer a sua acção. É neste campo que ela tem de se lançar com todo o entusiasmo’.
Parabéns, Angola».

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