sexta-feira, 2 de julho de 2010

A Droga: a desumanização da Humanidade









No dia 26 de Junho, comemorámos o Dia Internacional contra o Uso e Tráfico de Droga. De acordo com estudos recentes, o consumo de droga tem aumentado junto das camadas mais jovens e cada vez em mais precocemente. Geradora de vícios e de uma contínua e degradante desumanização, a droga é também um negócio milionário cujas redes de tráfico e consumo continuam a proliferar um pouco por todo o mundo.
Para debatermos este tema, o Luso Fonias com a presença do Pe. Pedro Quintela, da Direcção da Associação Vale de Acór, uma associação que trabalha diariamente na recuperação e reinserção de toxicodependentes.










Na opinião do P. Tony Neves:




«Contra a droga parece que já inventamos todos os slogans, todas as campanhas. Mas ela continua aí, a dar cabo das novas gerações e já a fazer investidas em classes etárias mais avançadas. Onde ela entra, sai o essencial da dignidade e da vida.
Todos conhecemos pessoas com o estatuto de adicto, palavra bonita que quer dizer ‘dependente’. Esse é o grande problema da droga: depois de tomar conta das pessoas, de as impedir de agir com liberdade e responsabilidade, torna-as dependentes. E é isso que dá dinheiro aos traficantes, pois a droga é muito cara e os adictos necessitam dela mais do que do pão para a boca. Para a obterem não há preço e eles serão capazes de tudo ou quase tudo. Se for mesmo preciso roubar ou matar, essa possibilidade não é descartada, dependendo muito do estado em que a pessoa já se encontra.

Os problemas resolvem-se de duas maneiras: combatendo as consequências e evitando as causas. Neste mundo complexo da toxicodependência, parece óbvio que as melhores soluções se encontram na prevenção. E, quer queiramos quer não, tocamos num problema muito sério: o do sentido da vida, da felicidade das pessoas, da realização pessoal, familiar e profissional de cada uma delas. Aqui é urgente investir. As pessoas, desde a infância, têm de se sentir amadas; precisam de ter vez e voz na família e na sociedade; devem perceber que a escola é um espaço de crescimento e de abertura ao futuro; necessitam de participar, como cidadãos, em grupos de adolescentes e jovens onde as dimensões ética, religiosa e de cidadania sejam cultivadas e valorizadas. Depois, quando não funciona a prevenção há que atacar o problema. Os governos devem lutar contra a produção e tráfico. Os serviços de saúde e as instituições especializadas devem acompanhar e recuperar os adictos. É uma missão muito difícil, mas não impossível. As sociedades têm de investir mais na garantia da felicidade dos cidadãos e no combate a tudo o que os escraviza e desumaniza. A Igreja, aqui e mais uma vez, joga um papel decisivo.»







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