segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Os Jovens: Voluntariado e Criatividade para o Desenvolvimento


Os jovens caracterizam-se pela sua criatividade e capacidade de abraçar novos projectos e desafios. Facilmente se empenham em causas que permitem transformar este mundo deixando-o um pouco melhor do que aquele que encontraram. Foi este o desafio que Baden-Powell, fundador do Escutismo, deixou aos jovens daquele que é hoje o maior movimento juvenil nacional e um dos maiores em todo o mundo. O Escutismo é uma escola de vida e apresenta às crianças, jovens e adultos uma proposta de formação que pode de facto transformar as suas vidas.
Para nos falar melhor sobre o Escutismo , o Luso Fonias conta com a presença de Pedro Duarte Silva, Secretário Nacional Pedagógico do CNE – Corpo Nacional de Escutas.

Na opinião do P. Tony Neves:
«Agosto é um mês que potencia muitas intervenções dos jovens em termos de cidadania, solidariedade social e apoio ao desenvolvimento de povos e países mais pobres. Só para focar em voluntariado missionário, indico os números apontados pela Fundação Evangelização e Culturas para este verão: 360 jovens partiram para África e América Latina com o objectivo de fazer uma experiência missionária de intervenção na área do apoio ao desenvolvimento e para interagir com outros jovens e as populações em geral, partindo com a certeza de que vão dar o seu melhor, mas vão regressar mais ricos do que partiram. Levam na bagagem ideias muito criativas e originais de iniciativas que pretendem gerar sintonias e simpatias, dando uma pequenina colaboração na construção de sociedades mais marcadas pelo desenvolvimento, pela justiça e pela paz. São projectos com muita utopia à mistura, mas que vão dando alguns resultados e, sobretudo, vão construindo pontes entre pessoas, grupos e povos.
Se é verdade que muitos dos projectos de voluntariado não conduzem a resultados palpáveis, outros mostram obra feita. Recordo, a título de exemplo, as muitas escolas, centros de saúde, lares, internatos, bibliotecas... que são construídos por Associações e Movimentos juvenis e que constituem um factor importante para o desenvolvimento de muitas comunidades, sobretudo na África.
Ao falar de desenvolvimento, queria fazer uma focagem no lado humano, pois, vulgarmente, associa-se mais à dimensão tecnológica. Estou a terminar uma experiência missionária com jovens no norte de Portugal. Privilegiamos algumas frentes de intervenção: actividades de tempos livres com crianças que não puderam sair das suas aldeias em tempo de férias; encontro e animação de idosos em lares de terceira idade; visitas a um estabelecimento prisional. Não construímos nenhuma casa nem andamos a limpar florestas; não ministramos nenhum curso de informática ou de música. Mas estamos com as pessoas, falamos com elas, ouvimos as suas histórias, rezamos com elas, partilhamos o que somos e o que sabemos...e todos estamos a ficar mais ricos. Os jovens, nas avaliações, vão confessando o quanto estão a crescer em humanidade e cidadania.
Há que investir em todas as frentes que permitem aos jovens crescer e ajudar outros a crescer com eles.»

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