terça-feira, 9 de junho de 2009

Energias Renováveis

Engº Carlos Pimenta
Neste mundo onde o crescimento económico acelerado parece marcar o ritmo do planeta, experimentamos no dia-a-dia as consequências da nossa própria irresponsabilidade em termos ambientais. O clima está mudado e são cada vez mais frequentes os desastres ecológicos. É urgente mudar de atitude e comprometer-nos na construção de um futuro ambientalmente sustentável.
Para nos falar melhor sobre estas alterações climáticas, sobre as suas causas e consequências e sobre as soluções que temos ao nosso alcance, o Luso Fonias conta com a participação do Eng. Carlos Pimenta, Director do Centro de Estudos em Economia da Energia, dos Transportes e do Ambiente.




Na opinião do P. Tony Neves:


«O Dia Mundial do Ambiente, celebrado no dia 5, é um apelo à consciência da humanidade. Séculos a fio, o mundo divertiu-se a poluir a natureza e a fazer da sua casa um lugar que quase não dá para habitar. Agora, quando há danos que são irreversíveis, estamos todos com as mãos na cabeça a perguntarmo-nos ‘como chegamos tão longe?’ e a tentar encontrar as soluções ainda possíveis que a terra continue a reunir condições para que nela vivamos felizes. Foi pena termos ido longe de mais, pois o buraco do ozono na atmosfera está grande demais, o aquecimento do planeta é inevitável, há muitas espécies que foram extintas, os níveis de poluição do ar e águas, em certos locais, estão elevadíssimos...enfim, a natureza está de armas na mão pronta para se vingar da nossa incapacidade histórica de a respeitarmos.

Mas há caminhos já andados, na viagem de regresso ao respeito pela mãe natureza ou, se quisermos usar uma palavra mais moderna, pelo ambiente. Muitos rios, ribeiros, lagos e mares estão a ser despoluídos; é grande o esforço para que as empresas não atirem para o ar gazes tóxicos; a educação ambiental nas escolas permite que os lixos sejam colocados nos locais próprios e tratados; há um esforço para que se poupe energia e se aposte em energias renováveis.

Ao percorrer Portugal, de lés a lés, da costa ao interior, vemos plantados nos cimos dos montes umas grandes torres de betão com ventoinhas nas pontas... De facto, o parque eólico nacional está enorme e o vento é já hoje uma energia alternativa ao petróleo e à electricidade das barragens. Trata-se de uma energia não poluente com muito futuro, sobretudo em áreas onde o vento é forte e contínuo. Também a aposta na energia solar tem presente e tem futuro. Podemos ver nos telhados de muitas casas e fábricas os painéis solares que, em muitos casos, tornam as famílias ou empresas autónomas e, embora seja ainda raro, há casos em que os painéis produzem mais electricidade do que precisam e vendem á própria rede eléctrica nacional.

A criatividade impõe-se. Há que recuperar o tempo perdido na luta por uma relação sadia entre o homem e a natureza, a bem de todos. As energias renováveis são um dos caminhos a percorrer. Mas tudo o que ajude a respeitar o ambiente é para tomar a sério se queremos continuar a viver nesta terra».




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