“Educação para o Desenvolvimento e Cooperação Descentralizada: recursos e estratégias locais” foi o tema do Seminário Nacional que decorreu nos dias 30 de Junho e 1 de Julho na Fundação Calouste Gulbenkian.
Um Seminário realizado no âmbito do Projecto Enlaces, promovido pela Fundação Evangelização e Culturas em parceria com cinco municípios e uma organização não governamental, com vista a reforçar a relação entre a Educação para o Desenvolvimento e a Cooperação Descentralizada.
O Luso Fonias de 13 de Julho esteve à conversa sobre este projecto, o Enlaces, procurando saber quais os resultados desta experiência. Em estúdio esteve a Dra. Sandra João, coordenadora do projecto, e a Dra. Helena Palacino, coordenadora do Gabinete de Cooperação e Desenvolvimento Comunitário da Câmara Municipal do Seixal, uma das cinco autarquias parceiras do projecto.
Segue o comentário do Pe. Tony Neves:
«Estamos em tempo de globalização e parece que o mundo se tornou pequeno e as pessoas muito próximas. Mas, se calhar, nunca estivemos tão longe uns dos outros, tão alheios à sorte e à má sorte dos outros cidadãos deste mundo em que todos vivemos.
Por isso se tornou tão urgente dar as mãos e criar laços entre povos, instituições e pessoas. E ao dizer ‘pessoas’, quero que esta palavra tenha pleno sentido, porque se dissesse ‘indivíduos’ estaria a falar de gente solitária, sem relação com ninguém. Ao usar a palavra ‘pessoa’ exijo relação, comunhão, solidariedade.
A palavra ‘fraternidade’ parece hoje um pouco gasta e bastante riscada das páginas de boa parte dos dicionários da vida. Mas, ontem como hoje, ser irmão de todos, à moda de um Cristo, de um S. Francisco de Assis ou de uma Madre Teresa de Calcutá, continua a ser decisivo para que se faça tudo o que está ao nosso alcance por um mundo mais humano, mais fraterno e mais cristão.

A educação para o desenvolvimento pode permitir uma maior aproximação entre ricos e pobres e, desta forma, ajudar a dar um passo em frente em direcção a sociedades mais organizadas e mais equilibradas, permitindo também uma maior capacidade de relacionamento e partilha com outras sociedades. Há que criar laços, não na base dos interesses económicos e ganâncias de ter e de poder, mas apostando numa partilha onde todos ganhem e onde a dignidade e os direitos humanos saiam vencedores.
A reunião dos líderes mundiais mais poderosos, o G8, no Japão, reflecte sobre o problema da pobreza e da fome no mundo. Mas faz uma reflexão de barriga cheia e sem querer ceder nenhum dos seus privilégios de povos ricos. Por isso, as Relações Internacionais podem não ser o meio mais adequado para promover a justiça e a fraternidade. Há que encontrar outras formas, mais humanas e mais fraternas, de provarmos ao mundo que somos mesmo todos irmãos.»

O Luso Fonias de 13 de Julho esteve à conversa sobre este projecto, o Enlaces, procurando saber quais os resultados desta experiência. Em estúdio esteve a Dra. Sandra João, coordenadora do projecto, e a Dra. Helena Palacino, coordenadora do Gabinete de Cooperação e Desenvolvimento Comunitário da Câmara Municipal do Seixal, uma das cinco autarquias parceiras do projecto.
Segue o comentário do Pe. Tony Neves:
«Estamos em tempo de globalização e parece que o mundo se tornou pequeno e as pessoas muito próximas. Mas, se calhar, nunca estivemos tão longe uns dos outros, tão alheios à sorte e à má sorte dos outros cidadãos deste mundo em que todos vivemos.
Por isso se tornou tão urgente dar as mãos e criar laços entre povos, instituições e pessoas. E ao dizer ‘pessoas’, quero que esta palavra tenha pleno sentido, porque se dissesse ‘indivíduos’ estaria a falar de gente solitária, sem relação com ninguém. Ao usar a palavra ‘pessoa’ exijo relação, comunhão, solidariedade.
A palavra ‘fraternidade’ parece hoje um pouco gasta e bastante riscada das páginas de boa parte dos dicionários da vida. Mas, ontem como hoje, ser irmão de todos, à moda de um Cristo, de um S. Francisco de Assis ou de uma Madre Teresa de Calcutá, continua a ser decisivo para que se faça tudo o que está ao nosso alcance por um mundo mais humano, mais fraterno e mais cristão.

A educação para o desenvolvimento pode permitir uma maior aproximação entre ricos e pobres e, desta forma, ajudar a dar um passo em frente em direcção a sociedades mais organizadas e mais equilibradas, permitindo também uma maior capacidade de relacionamento e partilha com outras sociedades. Há que criar laços, não na base dos interesses económicos e ganâncias de ter e de poder, mas apostando numa partilha onde todos ganhem e onde a dignidade e os direitos humanos saiam vencedores.
A reunião dos líderes mundiais mais poderosos, o G8, no Japão, reflecte sobre o problema da pobreza e da fome no mundo. Mas faz uma reflexão de barriga cheia e sem querer ceder nenhum dos seus privilégios de povos ricos. Por isso, as Relações Internacionais podem não ser o meio mais adequado para promover a justiça e a fraternidade. Há que encontrar outras formas, mais humanas e mais fraternas, de provarmos ao mundo que somos mesmo todos irmãos.»
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