quarta-feira, 9 de julho de 2008

Formar para o empreendedorismo

No cenário actual de crise e pessimismo que se vive, fala-se cada vez mais em empreendedorismo, ou seja em criar e colocar em prática novas ideias.

O empreendedorismo encontra-se, actualmente, no centro das atenções e tem sido alvo de inúmeras iniciativas, nomeadamente no que diz respeito ao sistema de ensino que tem desenvolvido esforços no sentido de formar cidadãos mais empreendedores, capazes de criar novos negócios ou de desenvolver novas oportunidades em organizações já existentes.

O Luso Fonias de 22 de Junho teve como tema “Formar para o empreendedorismo”. Em estúdio esteve o Dr. Manuel Forjaz, licenciado em economia pela Universidade Católica Portuguesa (UCP), investigador em empreendorismo africano no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE).



Segue o comentário do Pe. Tony Neves:

«É preciso ter horizontes largos, boa formação, vontade firme de trabalhar e condições para que os investimentos possam atingir os objectivos previstos. Estamos num tempo em que é preciso ousar para vencer e nem sempre quem mais e melhor trabalha é quem obtém os melhores resultados.

Tempos houve em que qualquer jovem que se aventurasse a tirar um curso médio tinha emprego assegurado e muito bem remunerado, em comparação com os outros trabalhadores. Isso aconteceu durante muitos anos em todo o espaço lusófono.

Os tempos mudaram e hoje a situação é completamente diferente. Um pouco por todo o lado, encontramos pessoas com altas habilitações académicas que não encontram um emprego na área em que se especializaram. Ora, isto é mau por duas razões: as pessoas investem e não são aproveitados os seus talentos pela sociedade; porque quem investe não vê os resultados, há muito quem venha atrás e não estude pois acha que está a deitar dinheiro e tempo pela janela fora. Ora, estudar e não ter emprego e deixar de estudar porque se prevê que não há emprego... é mau demais para uma sociedade que quer crescer e fazer crescer a qualidade humana dos seus cidadãos.

Os tempos que correm exigem criatividade. Daí que se torne fundamental uma educação para o empreendedorismo, ou seja, que se formem os mais jovens para a criatividade laboral, abrindo novas perspectivas de emprego, criando postos de trabalho, investindo em áreas de futuro.

Ter rasgo já não pode ser privilégio de meia dúzia de génios, mas tem de ser um princípio generalizado da educação, pois só assim se conseguem respostas para a crise dos tempos actuais.»




Ouça este programa e os mais antigos na Telefonia

(menu do lado direito)

Sem comentários:

Enviar um comentário