quarta-feira, 9 de julho de 2008

Esperança em África

O Luso Fonias de 1 de Junho contou com uma emissão dedicada a África.

A 25 de Maio celebra-se o Dia de África e o nosso programa aproveitou a oportunidade para falar mais uma vez do continente africano, da esperança que se vive e do muito que há a fazer por aquele povo.

Não perca a entrevista realizada pela Ir. Teresa Turisse da Rádio Ecclesia (Angola). Uma conversa sobre África com o Prof. Adriano Parreira, docente de História de África na Universidade Agostinho Neto.



Segue o comentário do Pe. Tony Neves:

«A África continua a ser o grande continente da esperança. Primeiro, porque tem gente. Gente na sua maioria jovem, cheia de sangue novo, de dinamismo, de alegria, de capacidade de fazer festa. Depois, porque tem riqueza material quanto baste para se pensar num futuro risonho para as suas populações.

Mas, para dar corpo a esta esperança há que derrubar uma série de obstáculos. Antes de mais e acima de tudo, é urgente acabar com todas as formas de violência. E são muitas: guerras, conflitos mais ou menos étnicos, tensões religiosas, violações dos direitos humanos. Há que criar as condições políticas para uma sã convivência entre todos e o respeito pelas regras democráticas que permitem a pacificação da vida social das pessoas. Depois, vem o problema muito grave das doenças que dizimam aos milhares e deitam por terra projectos de futuro: a malária, doença dos pobres que continua a fazer razia em muitos países africanos; a sida, essa malfadada doença que atinge muitos jovens e lança sérias sombras sobre o futuro deste continente tão afectado.

A justiça social também merece empenho. Muitos dinamismos de corrupção parecem instalados até à medula da organização de certos países e instituições e ceifam a esperança do bem-estar a uma fatia significativa da população. Os poderes instituídos e instalados sentem-se, por vezes, senhores de tudo e de todos e espezinham os direitos humanos sem que ninguém lhes chame a atenção ou os obrigue a agir de outra forma. Isto é preocupante tanto em África como noutros continentes e deveria merecer a reflexão e a intervenção de todos.

Mas volto a reafirmar que, apesar de tudo, há lugar para a esperança neste continente verde. Combatendo tudo o que destrói a dignidade das pessoas, a África vai poder continuar a trabalhar, a cantar e a dançar, mostrando no rosto de todas as pessoas a alegria de serem africanas e felizes.»



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