quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Os jovens do século XXI

A emissão do Luso Fonias de 1 de Novembro foi dedicada aos jovens. Fomos procurar saber quais os hábitos dos jovens do século XXI e se os estilos de vida dos jovens lusófonos diferem muito de país para país.

Gisela Monteiro e Inês AzevedoEm estúdio esteve a portuguesa Inês Azevedo, que foi missionária em Moçambique, e a cabo-verdiana Gisela Monteiro, que está há nove anos em Portugal. Dois testemunhos dos hábitos e estilos de vida dos jovens dos dias de hoje.



Na opinião do Pe. Tony Neves:

«Já fui jovem (no século XX, é verdade!) e ainda hoje invisto muito na pastoral juvenil. Há dias, pediram-me para escolher sete palavras-chave que ajudem os jovens do nosso tempo a ser verdadeiramente jovens e cristãos.

Comecei pela palavra FÉ. Sem ela, acho que os jovens perdem horizonte e sentido. Não saber de onde se vem, para onde se vai e o que é que se tem que fazer da vida... coloca os jovens um pouco à deriva. Depois, avancei para a palavra GRUPO, com a convicção de que, só juntos se tem capacidade de construir projectos de futuro, avaliar o caminho percorrido e rasgar novos horizontes.

A palavra FORMAÇÃO veio a seguir e nasce da minha experiência e convicção de que há que crescer sempre no conhecimento, a todos os níveis do saber, do saber fazer e do ser.

A palavra DIÁLOGO também me enche as medidas pois a vida só se compreende e só nos realiza se conversamos uns com os outros, se partilharmos ideias e compromissos.

CIDADANIA E SOLIDARIEDADE foram outras palavras que atirei para a mesa dos jovens. Cruzar os braços e achar que o mundo avança sem fazermos nada por isso é uma barbaridade total. Há que fazer o que está ao nosso alcance para que a nossa sociedade seja humana e fraterna. A cidadania é uma exigência.

Por isso, a MISSÃO também se tornou realidade incontornável para mim e falei dela aos jovens. Há que soltar amarras e partir ao encontro dos outros, sobretudo dos que mais precisem de nós.

E termino olhando para os Jogos Olímpicos e citando o P. Tolentino Mendonça:

O jovem atleta Nelson Évora ganhou a medalha de ouro no triplo salto e explicou: ‘Sempre que salto, salto para o infinito’. O P. Tolentino Mendonça, biblista e poeta, comentou o que, para ele, significa ‘saltar para o infinito’: ‘Transcender-se, ir além, ir mais longe, sabendo que isso implica que cada um se tenha encontrado humildemente com os seus limites e plenamente com as suas possibilidades. Num tempo de tectos baixos e metas imediatas, como parecem ser os nossos, ‘saltar para o infinito’ constitui talvez uma impopular aposta. Mas a esperança, a verdadeira esperança, pede de nós risco e coragem’.»




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