
Recorde-se que foi nessa data que D. Arlindo tomou posse da Diocese, durante uma solene cerimónia a que assistiram o Núncio Apostólico, Giuseppe Pinto, o Bispo de Santiago de Cabo Verde, D. Paulino Livramento Évora, os Bispos de Bissau e de Bafatá, D. José Camnate e D. Carlos Zilli, respectivamente, para além de muitas outras individualidades.
O Bispo de Mindelo não esconde as dificuldades e constrangimentos que marcaram estes três anos. Já no dia 22 de Fevereiro, aniversário da sua ordenação Episcopal, numa entrevista à Rádio Nova, após ter recordado a alegria, o entusiasmo e a união de forças que marcaram e continuam a marcar a vida da Diocese, referiu-se à questão vocacional e à falta enorme de sacerdotes para dar assistência às comunidades paroquiais como sendo desafios a enfrentar. D. Arlindo fez igualmente menção da “grande penúria de infra-estruturas para actividades pastorais em todas as paróquias, mormente em S. Vicente, Paul e Boa Vista”, para além da “deterioração muito acentuada de algumas estruturas antigas que precisam de intervenção profunda”. Falou igualmente de escassez de meios financeiros, sublinhando que “não é fácil, hoje, mobilizar recursos em tempo desejado e útil para dar respostas às situações de emergência”.
Na entrevista, o Bispo D. Arlindo disse que o seu grande sonho é «daqui a três/quatro anos, quando a Diocese atingir o “uso da razão”, começarmos a ordenar os nossos primeiros seminaristas, os primeiros padres da nova Diocese e daqui a 10 anos termos já um significativo número de padres diocesanos, para que, juntamente com a nossa comunidade que vai crescendo, a Diocese comece a tomar conta de si, nas suas estruturas fundamentais.
Como é sabido, dos 18 sacerdotes presentes na Diocese de Mindelo, apenas cinco são diocesanos.
Pe. António Fidalgo – Rádio Nova
In Jornal Terra Nova
Fevereiro 2007
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