terça-feira, 3 de julho de 2007

Economia social no desenvolvimento local

O Luso Fonias de 1 de Julho esteve à conversa sobre "Economia social no desenvolvimento local". Um dia de muitas comemorações: Dia Mundial da Cooperação, Dia Mundial da População e início da terceira Presidência Portuguesa da União Europeia. Um dia para nos fazer reflectir sobre o papel das organizações de economia social que actuam em contexto de desenvolvimento local.

Ouça a entrevista com o Dr. Manuel Canaveira de Campos, Presidente do Inscoop – Instituto António Sérgio do Sector Cooperativo e comente este post!



Segue o comentário do Pe. Tony Neves:

«Ao abordarmos o tema ‘Economia social no desenvolvimento local’, não resisto a apresentar as grandes linhas que têm norteado a Igreja no que diz respeito ao desenvolvimento dos povos, neste ano em que celebramos os 40 anos da Encíclica Populorum Progressio (PP) do Papa Paulo VI.

Este documento social apresenta, antes de mais, a questão social como realidade do mundo inteiro, onde os povos da fome se dirigem aos da opulência. E, logo no início, Paulo VI promete criar a Comissão Pontifícia Justiça e Paz para promover o progresso dos mais pobres e favorecer a justiça social. A primeira parte da PP é sobre o desenvolvimento integral da pessoa humana e a segunda aponta perspectivas para o desenvolvimento solidário da humanidade, onde a fraternidade ocupa um lugar central. O Papa afirma que o mundo está doente porque os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Na conclusão, Paulo VI fala da Paz que passa pelo desenvolvimento.

Os Bispos Portugueses escreveram recentemente o documento Desenvolvimento e Solidariedade onde dizem que, 40 anos depois da PP, 190 países reconhecem o direito a não ser pobre como um dos direitos humanos, há mais consciência da dignidade humana e generalizou-se a preocupação com a Paz. Sobre Portugal, há 21% de pessoas pobres a libertarem-se desta situação, temos a exclusão social, o desemprego, o emprego precário, a desertificação do interior, o envelhecimento da população, o isolamento dos idosos, as deficiências no sistema de saúde, o desenraizamento dos imigrantes, os problemas da educação... questões a enfrentar com coragem, problemas a erradicar. Como positivo, os Bispos apontam a onda do voluntariado.

E, pelo mundo fora, estes problemas afectam milhões de pessoas e o desenvolvimento local não se pode realizar sem a aposta numa economia social.

É urgente tomar a sério Paulo VI que chamou ao desenvolvimento o novo nome da Paz e João Paulo II que apontou a solidariedade como o caminho para o desenvolvimento.»




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