sexta-feira, 14 de maio de 2010

A visita do Papa Bento XVI a Portugal




O Santo Padre vai estar em Portugal de 11 a 14 de Maio, passando por Lisboa, Fátima e Porto. Em Fátima vai presidir às celebrações do 13 de Maio, no décimo aniversário da beatificação dos pastorinhos Francisco e Jacinta. Vai também ter encontros especiais com agentes da cultura e da pastoral social. Para nos falar do programa e das expectativas da Igreja Portuguesa para esta visita teremos hoje connosco D. Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa e coordenador da visita de Bento XVI.










Na opinião do P. Tony Neves:




«Estarei lá. Em Lisboa, em Fátima e no Porto. Acompanharei os passos e escutarei as palavras do Papa. Faço parte das largas centenas de jornalistas que terão a missão de amplificar as palavras e os gestos de bento XVI nesta sua primeira visita às terras de Santa Maria.
Acompanhar uma visita papal é uma experiência muito interessante. Para mim, tudo começou no ano 1982 quando em Coimbra, num dia de muito nevoeiro, tive que esperar, ao frio e sem comida, uma noite inteira e uma manhã, pelo Papa João Paulo II que, por causa do mau tempo, chegaria ao Estádio Municipal no dia seguinte ao previsto. Mas ninguém arredou pé e passamos a noite a cantar. Já não recordo das palavras do papa polaco, mas ainda está viva na minha memória a alegria e a festa que todos fizemos na presença de J. Paulo II.
Já como padre e como jornalista, tive o privilégio de acompanhar toda a longa e significativa viagem de J. Paulo II a Angola e S. Tomé em 1992. Tive o privilégio de ser escolhido como comentador da Rádio nacional de Angola e, por isso, tive sempre direito a avião e a jipe em todas as deslocações do Papa. Foi uma festa que, para os angolanos, celebrava a paz, embora, infelizmente, a guerra tenha recomeçado mais tarde.
De regresso á Europa, tive a felicidade de participar nas Jornadas Mundiais da Juventude, em Paris, no ano 97. Mais de um milhão de jovens vibraram com a simpatia que J. Paulo II conseguia fazer passar para as novas gerações. Foi um momento forte de encontro, de festa, de celebração da Fé na Cidade Luz.
Voltaria a encontrar J. Paulo II, desta feita já muito debilitado, em Fátima no ano 2000. Ele queria vir cá revelar o terceiro segredo e beatificar a Jacinta e o Francisco. Doía um pouco olhar para aquele homem completamente vergado pela doença, mas dava coragem olhá-lo nos olhos e ver a força com que lutava pela vida e pelo testemunho corajoso do Evangelho.
Nunca encontrei Bento XVI. Esta será a primeira vez que o verei ao vivo. Vem num momento de crise, quer económica quer de valores. Aguardo com expectativa as suas intervenções e os gestos proféticos que venha a fazer. Espero que a sua homilia no Porto dê um empurrão à dimensão missionária de uma Igreja que não pode ficar eternamente a olhar para a história e a dizer que Portugal foi um país muito missionário!

Com Bento XVI, espero que a Missão ganhe força e fôlego em Portugal e no mundo.»







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