terça-feira, 6 de novembro de 2007

Liberdade e Cidadania

A Declaração Universal dos Direitos do Homem, adoptada a 10 de Dezembro de 1948, afirma no seu artigo 1º que: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”.

O Luso Fonias, do passado dia 4 de Novembro, esteve à conversa sobre liberdade e cidadania, procurando saber como podemos exercer os nossos direitos e participar activamente na sociedade, porque ser cidadão é participar na construção de um futuro que é comum a todos.

Em estúdio esteve o Professor Doutor João Carlos Espada, Director do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa e Director da Revista Nova Cidadania.



Segue o comentário do Pe. Tony Neves:

«Ninguém se pode demitir de dar o seu contributo para que o mundo seja mais humano e fraterno. A cidadania é um valor decisivo para que as sociedades sejam um espaço onde todos têm lugar e onde todos dão o seu melhor a favor da paz e da justiça.

O exercício de uma sã cidadania supõe o respeito pela dignidade humana e pela liberdade dos cidadãos. Ora, isto é que nem sempre acontece e a história está manchada por períodos onde os direitos humanos não foram respeitados e, por isso, as pessoas não tiveram condições para construir, de mãos dadas, o seu presente e o seu futuro.

A 27 de Outubro, em Viana do castelo, realizou-se o IX Fórum Ecuménico Jovem. Depois de uma manhã de reflexão em grupo (eram uns 250 jovens de Portugal inteiro), a tarde foi de saída à rua à procura de sinais que mostrassem luzes e sombras na cidade. O grupo que acompanhei foi até ao grande monumento à liberdade, situado junto ao rio Lima. Ali está um grande arco de ferro com alguns elos de uma corrente colocados lá em cima, enquanto que outros elos estão no chão, dando a clara noção de que a corrente está partida. A liberdade como valor foi o centro de uma discussão muito bonita feita por estes jovens que querem um futuro melhor, com valores... mas todos concluíram que não há liberdade sem empenho, sem compromissos de cidadania.

O mundo atravessa um momento difícil porque violências, guerras, desigualdades gritantes, injustiças, pobreza... parecem ter conquistado parte do nosso mundo sem que os efeitos positivos da globalização se façam sentir para milhões e milhões de pessoas. O sentido de uma cidadania responsável também terá efeitos à escala planetária na medida em que os governos criem mecanismos de combate à pobreza que equilibrem a história da humanidade. Os tão falados objectivos do milénio para o desenvolvimento, assinados por todos os líderes políticos do mundo no ano dois mil, continuam a ser letra morta. Há que dar-lhes vida, em nome dos cidadãos e da justiça a que todos têm direito.»



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