quarta-feira, 23 de abril de 2008

Ano Internacional do Planeta Terra

O Luso Fonias de 20 de Abril esteve à conversa sobre o Ano Internacional do Planeta Terra. Um programa com o objectivo de procurar saber como podemos ajudar a preservar o nosso planeta e incentivar as gerações futuras a irem à descoberta de novos recursos naturais, procurando torná-los acessíveis de uma forma sustentável.

Em estúdio esteve a Professora Doutora Maria Helena Henriques e a Dra. Elizabeth Silva do Comité Português para o Ano Internacional do Planeta Terra.



Segue o comentário do Pe. Tony Neves:

«A Terra só tem futuro se for considerada a casa de todos os seus habitantes. O nosso Planeta está ameaçado pela forma como muitos o tratamos. Não é por acaso que a Ecologia se tornou importante para os tempos que correm e o ambiente começou a ser tratado com respeito pelos governos e empresas.

A preservação do nosso planeta tornou-se uma questão de vida ou de morte. Infelizmente, só quando as pessoas se sentem realmente ameaçadas começam a agir e a mudar. Circulam apelos a um estilo de vida mais simples que não gaste tanta energia nem produza tanto lixo. Um mundo com energia a menos e lixo a mais deixa de ser um jardim para se transformar num cemitério. E ninguém quer ser o responsável por esta trágica mudança.

Mas as nossas lógicas humanas ainda são muito egoístas. Ou seja, estamos dispostos a mudar quando sentimos que isso traz benefícios próprios e directos. Já temos muita dificuldade de o fazer quando os benefícios são indirectos, com efeito retardado ou mais favoráveis a outros que a nós próprios. É triste dizê-lo, mas é assim. Basta ver como as Conferências que as Nações Unidas realizaram no Rio de Janeiro e em Quioto não conseguiram que os países mais ricos assinassem compromissos que obrigassem as suas empresas a poluir menos, uma vez que tais medidas prejudicavam a economia, obrigando a produzir menos e a gastar mais dinheiro a favor do ambiente.

Só no dia em que considerarmos a Terra como nossa casa faremos um grande esforço de a manter limpa, arejada. Há um longo caminho feito, mas muito mais ainda por andar. Por isso, todo o investimento na sensibilização para esta causa ambiental será pouco. Estou convencido de que só quando a lógica das relações internacionais deixar de assentar nos interesses e passar a valorizar mais as pessoas é que o ambiente será tido em linha de conta. E convém que tal aconteça depressa pois está em causa a própria sobrevivência da humanidade.»





Ouça este programa e os mais antigos na Telefonia

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