sexta-feira, 4 de abril de 2008

Iniciativa no feminino

O Luso Fonias de 9 de Março dedicou a sua emissão à iniciativa feminina, às mulheres empreendedoras que ocupam um lugar de liderança a nível profissional e ainda assim conseguem cuidar da sua vida familiar.

O escritor americano Timothy Leary dizia que: “as mulheres que procuram ser iguais aos homens têm falta de ambição”. As mulheres são diferentes dos homens, disso ninguém tem dúvida. No entanto, cada género pode evidenciar as suas competências mesmo apresentando estilos diferentes. Isto aplica-se a todos os níveis, principalmente a nível profissional onde as mulheres têm vindo a adquirir um papel de maior destaque.

Aliar o estilo feminino ao masculino contribui para uma maior eficácia nas organizações. É certo que ainda existem determinados preconceitos e obstáculos que podem impedir que as mulheres atinjam os lugares de topo dentro de uma empresa. Mas a verdade é que as mulheres de hoje partilham cada vez mais a liderança empresarial com os seus pares masculinos.

Não perca a entrevista à Dra. Octávia Sá, consultora financeira.



Segue o comentário do Pe. Tony Neves:

«A celebração do Dia Mundial da Mulher, a 8 de Março, acrescentada à celebração do Dia Internacional das Nações Unidas para os Direitos das Mulheres e a Paz, é uma oportunidade e um problema.

O problema está no facto de ter que existir um dia para nós olharmos mais para as mulheres, quando não precisamos de um dia especial para os homens. Esta situação denuncia um facto inegável: ao longo das história, as mulheres nem sempre viram os seus direitos e a sua dignidade respeitada e, em muitos tempos e culturas, viram-se espezinhadas e consideradas pessoas de segunda, submissas ao homem. A oportunidade deste Dia Mundial vai para a seta que se aponta ao coração de quantos continuam a oprimir, a maltratar e a explorar as mulheres. Há que olhar para a dimensão feminina da humanidade e ver quanto ela traz de positivo à história.

Hoje, em muitos governos, empresas e instituições, a liderança das mulheres é inquestionável. Também este facto é digno de ser realçado porque as primeiras que ousaram enfrentar os homens nestes cargos de chefia sofreram muito. Não faz muito sentido a lógica das quotas nos parlamentos e outros espaços públicos, mas faz todo o sentido que se derrubem preconceitos e se atribuam às pessoas os lugares que elas merecem pela sua competência: sejam homens ou mulheres.

Em muitos cantos do globo, as mulheres desempenham um papel decisivo nas sociedades pela educação dos filhos, pelo trabalho, pela estatura moral que têm. Há que reconhecer este dado e melhorar o seu estatuto social em certas regiões onde os homens continuam a ser os senhores de tudo e de todos.

Finalmente, uma palavra de denúncia a quantos continuam a engordar contas bancárias à custa da exploração das mulheres: seja exploração sexual seja laboral. A dignidade e os direitos humanos são privilégio de todos, homens ou mulheres e espezinhá-los é tornar o mundo mais desumano.»


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