quinta-feira, 3 de abril de 2008

Cooperar na Educação

O Luso Fonias de 2 de Março dedicou a sua emissão à importância da cooperação portuguesa no sector educativo. Um programa que foca sobretudo a realidade da Guiné-Bissau com três entrevistas realizadas pela Rádio Sol Mansi, que esteve à conversa com o Pe. Joaquim Pereira, Coordenador da Comissão Inter-Diocesana de Educação e Ensino; Augusto Pereira, Secretário de Estado do Ensino na Guiné-Bissau; e Nuno Macedo, Coordenador do Projecto Mais Escola da Fundação Evangelização e Culturas na Guiné-Bissau. Não perca estas entrevistas bem como os apontamentos das diversas rádios na rubrica Vozes da Lusofonia.



Segue o comentário do Pe. Tony Neves:

«A Educação continua a ser o maior desafio para as sociedades. Não vai longe o tempo em que os governos proclamavam alto e em bom som a sua paixão pela educação. Esta era uma forma de afirmar a fundamental importância da educação para a construção de uma sociedade mais aberta, mais democrática e mais culta.

Só que as palavras não chegam, são precisas as decisões políticas e investimentos claros nesta área. Se em países como Portugal a questão da educação é qualitativa, ou seja, não faltam escolas nem professores (pelo contrário...), mas há que investir muito na qualidade do sistema educativo e dos seus agentes, o mesmo não se pode dizer em muitos contextos fora da Europa onde há uma grande parte da população em idade escolar e faltam as escolas, os professores, os orçamentos e mesmo a motivação das crianças e jovens para a ida à Escola. A ideia de ‘Escola para todos’ ainda está longe de se concretizar em muitas partes do mundo, constituindo um atentado a um dos direitos humanos mais fundamentais.

Um pouco por todo o mundo, a Igreja tem apostado fortemente na Educação e dirige escolas e colégios onde muitas crianças e jovens têm uma escolaridade de qualidade e sem grandes custos para as suas famílias. Trata-se de um investimento de muito futuro pois este só pode passar pela educação e pela cultura.

A cooperação na educação é uma das áreas onde os governos de países mais ricos e desenvolvidos deviam apostar. Quando olhamos para os orçamentos disponíveis nesta área, ficamos sempre convencidos de que a tal ‘paixão pela educação’ nem sempre é tomada a sério. E é pena porque as novas gerações de muitos países vão continuar a pagar muito cara a factura da guerra, instabilidades, corrupções e outras situações dramáticas que congelam o presente e o futuro das pessoas e das sociedades. Se ‘atingir o ensino primário universal’ é o 2º Objectivo do Milénio para o Desenvolvimento, o mínimo que se podia fazer era apostar na educação. Para bem de todos.»


Ouça este programa e os mais antigos na Telefonia

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