quarta-feira, 9 de julho de 2008

Crianças: por um futuro mais risonho

A 1 de Junho celebra-se o Dia Mundial da Criança, um dia para consciencializar o mundo de que todas as crianças, independentemente da raça, cor, sexo, religião e origem nacional ou social, necessitam de cuidados e atenções especiais, precisam de ser compreendidas, preparadas e educadas de modo a terem possibilidades de usufruir de um futuro risonho.

Na entrevista do Luso Fonias de 8 de Junho falámos de crianças. Procurámos saber quais os desafios que algumas crianças têm de enfrentar por um futuro melhor.

Em estúdio esteve Lúcia Pedrosa, Fisioterapeuta no Instituto Português de Oncologia (IPO). Trabalha como voluntária com os missionários do Espírito Santo desde 2000, tendo estado em missão em Cabo Verde e Angola.



Segue o comentário do Pe. Tony Neves:

«São milhares as crianças e os jovens que, ano após ano, entram numa longa lista de desaparecidos. Alguns aparecem, mas a maioria saiu do mapa para sempre.

O tráfico humano é um drama sem solução à vista, dado que parece ser dos negócios mais rentáveis. E quando envolve crianças e jovens, a situação complica-se pois só se desenham quatro cenários, cada qual o pior: a chantagem de um resgate; a utilização para abusos sexuais; a venda para adopção (crianças pequenas); tráfico de órgãos.

Há redes muito bem organizadas que funcionam segundo uma lógica mais ou menos mafiosa. Estudam-se os alvos a atingir; fazem-se os raptos; levam-se as vítimas para longe; fazem-se os negócios considerados mais rentáveis para cada caso. Enfim, um filme de terror onde os protagonistas não são pagos nem alvo de um casting voluntário. Trata-se de uma moderna forma de escravatura cujo fim ainda não se vislumbra na linha do horizonte. Daí que as polícias, à escala mundial, tenham reforçado, nos últimos anos, o combate a estas práticas. Os resultados ainda não são muitos animadores, mas já se vão descobrindo e desmascarando algumas destas redes.

Estamos num tempo marcado pela insegurança. Mesmo em Portugal, nas aldeias do interior, as pessoas já não se deitam com as portas da casa abertas nem ousam sair de casa sem as fechar a sete chaves. E quando, para além dos bens materiais, há o risco de assalto às próprias pessoas, a situação agrava e muito.

Há que investir muito na defesa das pessoas, sobretudo dos principais alvos destas redes de traficantes humanos. E, quando a desgraça dos raptos acontecer, a polícia tem de ter meios e vontade para agir depressa e bem, pondo cobro a este tipo de barbaridades humanas de bradar aos céus. Há que defender as pessoas, custe o que custar, pois elas vão continuar a ser o melhor do mundo.»




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