quarta-feira, 9 de julho de 2008

Violência: como proteger os nossos filhos?

Violência é uma palavra que surge cada vez mais nos órgãos de comunicação social, onde são descritos casos de agressões entre jovens, pais e filhos, alunos e professores… e estes são apenas alguns dos exemplos. Violência é uma palavra que no dicionário aparece definida como um constrangimento exercido sobre uma pessoa para a obrigar a fazer ou a deixar de fazer um acto qualquer.

No entanto, o Luso Fonias de 29 de Junho apresentou outras formas de violência contra as crianças, que nem sempre são encaradas como tal. Ouça a entrevista à Dra. Sandra Nascimento, Presidente da Direcção da APSI – Associação para a Promoção da Segurança Infantil.



Segue o comentário do Pe. Tony Neves:

«Tempos houve em que as questões ligadas à violência ou eram expostas nos meios de comunicação social ou ficavam escondidas, nas famílias, atrás de quatro paredes sem que ninguém tivesse coragem de as denunciar. Nos últimos anos, a violência saiu à praça pública com as guerras que muitos dos nossos países lusófonos viveram e com a onda de assaltos e crimes que acontecem de dia e de noite em muitas das nossas cidades e vilas do espaço lusófono.

A Internet, auto-estrada da comunicação que se torna difícil de acompanhar e controlar, constitui um espaço privilegiado para a aliciação dos jovens e crianças, gerando histórias nem sempre com fim muito feliz. Na Europa e Estados Unidos são numerosos os casos de crianças, adolescentes e jovens que se deixaram enganar pela Internet e partiram ao encontro de quem maltratou e até matou, sem que os pais se tivessem apercebido dos caminhos por onde os filhos iam andar.

Proteger os filhos da violência torna-se hoje uma missão quase impossível. Mas, por isso mesmo, é desafio a responder com coragem.

No que diz respeito à violência doméstica, seja ela de que tipo for, há que criar mecanismos que liberte as crianças do medo e as levem a denunciar os maus-tratos que estejam a sofrer. Nos contextos de guerra e outras formas de violência generalizadas há que incentivar o respeito pelos direitos das crianças, nunca admitindo a hipótese delas se tornarem crianças soldado. Quanto ao assédio das novas tecnologias da informação, há que activar alguns mecanismos de controlo que permitam ir atrás de quem comete crimes contra as crianças e adolescentes indefesos.

Os pais, muitos deles com dificuldades de acompanhar a evolução das tecnologias, precisam de ser ajudados nesta de proteger os filhos. A sociedade e os governos têm de criar meios de combate adequados aos novos criminosos dos tempos que correm. O futuro da humanidade depende muito da capacidade de defesa das novas gerações.»





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