quinta-feira, 10 de julho de 2008

Os leigos na Igreja de hoje: desafios e dificuldades

O Luso Fonias de 6 de Julho esteve à conversa sobre o papel dos leigos na Igreja, procurando saber quais os desafios e dificuldades que enfrentam.


O leigo é um cristão, incorporado em Cristo e na Igreja, participante activo da sua missão. Mas para saber mais sobre o papel dos leigos na Igreja, nada melhor do que ouvir a entrevista a Benjamim Ferreira, Director do Secretariado Nacional do Apostolado dos Leigos e da Família (SNALF), bem como os apontamentos das rádios que colaboram na rubrica Vozes da Lusofonia.





Segue o comentário do Pe. Tony Neves:


«O Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, publicou a 18 de Maio uma Carta Pastoral para celebrar os seus 30 anos como Bispo em Lisboa. A última parte é sobre a missão dos Leigos e, por isso, limito-me a citá-lo:


‘Na missão interna da Igreja, os leigos ganharam uma preponderância crescente: basta pensar na catequese, no ensino da religião nas escolas, nas estruturas sociais de vivência da caridade, nos movimentos de espiritualidade, na participação activa na Liturgia. Será isso suficiente para construir o modelo de Igreja protagonizado pelo Concílio? É que não se trata apenas de os leigos fazerem aquilo que faziam os sacerdotes e tantas vezes à maneira deles. Trata-se de uma fisionomia nova do rosto da Igreja, que supõe, disse Bento XVI aos Bispos Portugueses, uma contínua mudança de mentalidade”.


Diz D. José Policarpo um pouco adiante: “Enquanto os leigos só fizerem aquilo que os sacerdotes mandam e nada fizerem sem o Senhor Prior dizer como é, pouco se avança na desclericalização da Igreja. Penso no vasto campo da presença da Igreja no seio das realidades terrestres, da interpretação e busca de sentido dessas realidades, campo próprio das iniciativas apostólicas dos leigos. Mas também na estrutura interna da Igreja e na criatividade da sua missão é preciso continuar a valorizar o carisma laical, através da corresponsabilidade e da construção da comunhão”.


Sobre a Igreja neste tempo, conclui o Patriarca de Lisboa: “Duas atitudes da Igreja são, hoje, melhor aceites: a generosidade do serviço, sobretudo dos mais pobres, e a força do testemunho.


Os valores da Igreja não são os da sociedade; são inspirados no Evangelho e na dignidade do homem restaurada em Jesus Cristo. É certo que os valores que a Igreja defende não são apenas os valores religiosos, mas também os valores universais humanos, a que a vivência cristã acrescentará profundidade e radicalidade. Quando a Igreja se bate pela defesa desses valores, como, por exemplo, a dignidade inviolável da pessoa humana, a defesa da vida, desde o seu início até à morte natural, a defesa da estabilidade da família, a Igreja não o faz por serem valores estritamente religiosos, mas por serem valores universais humanos profundamente radicados nas tradições culturais da humanidade. Há um combate inevitável na defesa desses valores e esse combate a Igreja trava-o porque é um combate pelo futuro do homem”.»





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