terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Heróis no Anonimato

“Heróis no anonimato” foi o tema do Luso Fonias de dia 10 de Janeiro.

Durante a infância temos os nossos super-heróis, aqueles que resistem a todos os males e que preenchem o nosso imaginário. Em adultos deixamos de P. Alberto Oliveiraacreditar nesses heróis mas desejamos ter alguns dos seus poderes, sermos invencíveis e conseguirmos resolver todos os problemas que nos surgem.

Para se ser herói não é preciso muito. O filósofo e poeta Voltaire dizia que: «As grandes coisas são muitas vezes mais fáceis do que aquilo que se pensa». Na verdade, quantos heróis não existirão à nossa volta? Pessoas que ajudam o outro sem receber nada em troca e que fazem o bem só pelo simples facto de quererem ajudar o seu próximo.

Não perca a entrevista ao Capelão do Hospital Egas Moniz, o P. Alberto Oliveira, que nos falou do trabalho realizado pelas capelanias hospitalares.



Na opinião do P. Tony Neves:

«Criámos o mito das figuras públicas, geradas pela comunicação social. Então, regra geral, importantes são as pessoas que ocupam cargos de notoriedade ou aquelas que desempenham funções que estão sempre na mira dos meios de comunicação social. São referência hoje, os políticos, as figuras do chamado ‘jet-set’ que vão aparecendo nas ‘ditas’ revistas ‘cor-de-rosa’, os futebolistas mais famosos, os artistas de cinema e telenovelas, os escritores e cantores nos ‘tops’ das vendas, os ‘pivots’ dos telejornais... enfim, as pessoas que nos falam e de quem os meios de comunicação social falam.

Mas, verdade seja dita, a história é feita por muito mais gente. E há homens e mulheres que dão o que são e o que têm para que o mundo seja mais humano e, dessas e desses não se fala muito. Trata-se de gente discreta, simples, mas com um coração do tamanho do mundo, dispostos a dar tudo por tudo para que o mundo tenha alma, para que os direitos humanos sejam respeitados, para que ninguém fique fora da história.

Conheci e conheço muitos destes heróis anónimos que, cá dentro ou lá fora, dão um toque de qualidade à vida, fazem autênticos milagres nas áreas da saúde, da educação, dos direitos humanos, da ecologia, da cidadania, da fé.

Há que abrir os olhos a quem ajuda a abrir os corações. Há que mudar critérios de avaliação às práticas humanas, ultrapassando a enganadora eficiência de quem apenas produz coisas e riqueza: ajudar as pessoas a serem mais felizes, integrar quem está à margem, dar razões para viver e acreditar no futuro... é o mais importante para as pessoas. E os muitos heróis anónimos que actuam no palco discreto deste mundo da solidariedade merecem que os olhemos, respeitemos e imitemos.»




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