quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Seniornautas – Idosos e as Novas Tecnologias

A 1 de Outubro comemora-se o Dia Internacional da Pessoa Idosa, um dia celebrado pelo Luso Fonias com uma emissão dedicada aos “Seniornautas – Idosos e as Novas Tecnologias”.

Envelhecer significa ter mais tempo livre para desempenhar outras tarefas, ir à descoberta de novos conhecimentos e desafios. A célebre frase “nunca é tarde para aprender” aplica-se cada vez mais, numa sociedade onde o reforço da participação activa dos idosos e a promoção da saúde e qualidade de vida destas pessoas, através do uso de novas tecnologias, assumem um papel de destaque.

Em estúdio esteve o Dr. Brissos Lino, Reitor da Universidade Setubalense da Terceira Idade (UNISETI). Ouça esta conversa e reflicta. Como é que as pessoas idosas se relacionam com as novas tecnologias?



Na opinião do Pe. Tony Neves:

«Longe vão os tempos onde o melhor do mundo eram as pessoas. Até parece que as coisas, sejam elas quais forem, valem mais que tudo. Mas, quando vemos o que faz andar a história, percebemos que quem não produz riqueza anda por cá a empatar quem quer ter contas bancárias mais chorudas, melhores hipóteses de percorrer mundos, mais possibilidades de gastar dinheiro a fazer coisas que dão prazer.

Tudo isto a propósito das pessoas idosas que, verdade seja dita, são hoje muito pouco consideradas nas sociedades ocidentais marcadas pelo capitalismo mais ou menos selvagem. Depois de darem tudo o que tinham e o que não tinham para educar os filhos, após terem sido muito úteis a tomar conta dos netos, eis que chega o momento em que ficam dependentes. Perdem a utilidade e começam a dar trabalho a outros... e até prejuízo económico a quem tiver que se encarregar deles. E aí podem começar os problemas familiares e sociais, se não houver bom senso e amor.

Estive, este verão, a acompanhar dois projectos missionários com jovens sem fronteiras. Uma das apostas foi a animação de pessoas idosas em lares e centros de dia. No extremo norte e no extremo sul do país, a sensação que tive foi exactamente a mesma: os lares transformam-se numa espécie de amontoado de pessoas idosas que ali, de forma mais resignada ou desesperada, esperam a hora da morte. Muitos deles no mais completo abandono por parte dos filhos e dos netos. E isto dói.

As pessoas idosas têm, como ninguém, um capital de experiência acumulado ao longo dos anos e é uma pena, um prejuízo e uma injustiça não valorizar este património de valores e de vivências. Além do mais, dar vida digna às pessoas até à hora da partida para junto de Deus, é um direito que todos temos.

É bom que as sociedades (e as pessoas) façam um profundo exame de consciência sobre esta situação. Não podemos perder este capital humano nem temos o direito de condenar à morte antecipada as pessoas quebradas pela idade ou pela doença. Com elas felizes, o mundo terá também mais razões para sorrir».




Esta é a opinião do Pe. Tony Neves e a sua? Ouça o programa no menu Telefonia.

(menu do lado direito)

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